Nesta terça-feira, 21 de fevereiro, completou 58 anos do assassinato do ativista dos direitos civis Malcolm X. A filha Ilyasah Shabazz, 60, aproveitou a ocasião para anunciar que a família está processando o FBI, a CIA, o Departamento de Polícia de Nova York e outras agências policiais por participarem de um “plano de executar” o líder, por supostamente ocultarem evidências relacionadas ao caso.

“Durante anos, nossa família lutou para que a verdade sobre seu assassinato viesse à tona. Gostaríamos que nosso pai recebesse a justiça que merece”, disse a filha na coletiva de imprensa. Ela estava presente durante o discurso em 1965, aos 2 anos, quando o pai foi assassinado. “A verdade sobre as circunstâncias que levaram à morte de nosso pai é importante – não apenas para sua família, mas para muitos seguidores, muitos admiradores. Muitos o procuravam em busca de orientação e amor. E é nossa esperança que o litígio deste caso finalmente forneça algumas perguntas sem resposta”.

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Ilyasah estava acompanhada da irmã Qubilah e de seu advogado Ben Crump. A coletiva de imprensa foi realizada no antigo Audubon Ballroom em Manhattan, onde Malcolm X foi assassinado. A família pede US$ 100 milhões em danos no processo de homicídio culposo. Segundo a Reuters, as notificações da família mostram que as autoridades guardaram provas na acusação original.

Malcolm X e a filha Ilyasah Shabazz, em 1964 (Foto: Flickr/Tullio Saba)

Em outubro do ano passado, Muhammad Aziz e a família de Khalil Islam venceram processo para serem indenizados no valor de US$ 36 milhões, o equivalente a R$ 190 milhões, por terem sido presos injustamente pelo assassinato de Malcolm X. Os dois homens passaram mais de 20 anos presos pelo crime que não cometeram e Khalil morreu em 2009, antes de ver a indenização chegar. 

O verdadeiro responsável pelo assassinato, Mujahid Abdul Halim, sempre assumiu a autoria do crime, mas as autoridades insistiram durante anos no envolvimento de Aziz e Islam. Depois de uma revisão no caso, uma investigação comprova que o FBI e o NYPD, esconderam as principais evidências de defesa.

“Não se trata apenas dos atiradores. É sobre aqueles que conspiraram com os atiradores para fazer esse ato covarde”, disse o advogado para os jornalistas.

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