A literatura é um caminho por onde podemos conhecer e criar mundos com novas possibilidades, expressar nossos sentimentos e expandir nossa imaginação. Não importa em que fase da vida estamos, a leitura é uma eterna fonte de aprendizado que na infância se torna também uma companhia feliz.
Neste Dia das Crianças, os livros podem ser um presente especial para os pequenos. Pensando nisso, selecionamos livros que trazem histórias divertidas e cheias de aprendizados para inspirar nossas crianças.
Notícias Relacionadas
Segunda criança envenenada na Zona Norte do Rio morre após comer bombom
Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank acompanham julgamento por racismo em Portugal
A Vida Não Me Assusta
“Na escola nova, um pesadelo. Meninos puxam meu cabelo (meninas imbatíveis de cabelos crespos incríveis). Eles não me assustam nada”
O livro da célebre escritora americana Maya Angelou que traz ilustrações de ninguém menos que o artista Jean-Michael Basquiat é um doce e lúdico poema com lições sobre encorajamento, que retrata os medos das crianças de maneira positiva, oferecendo recursos para que elas possam enfrentá-los. ‘A Vida Não Me assusta’ foi publicado originalmente em 1993 e 25 anos depois foi republicado no Brasil pela primeira vez.
A bailarina que pintava suas sapatilhas
Escrito pela bailarina brasileira Ingrid Silva, o livro A bailarina que pintava suas sapatilhas conta a história de Silva no balé, narrando trechos de sua infância no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, até sua experiência na Dance Theatre of Harlem, em Nova York, nos Estados Unidos, quando ela se tornou mundialmente conhecida. Com uma linguagem adaptada para crianças, a bailarina conta como enfrentou preconceitos acerca de sua raça e classe social e conseguiu seguir firme no sonho de se tornar uma bailarina, falando sobre o motivo de ter pintado suas sapatilhas: “As sapatilhas de balé foram criadas pensando apenas em pessoas de pele clara, por isso aquele tom rosinha. Para mim, tinha que ter o tom da minha pele. Assim, passei a pintar as sapatilhas de marrom, pois não encontrava um par dessa cor para comprar em lugar nenhum”. O livro também destaca o respeito à diversidade.
Luanda no mundo da ciência
O livro lançado durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no início de setembro, conta a história de Luanda, uma menina de 10 anos que precisa fazer uma redação para a escola sobre o que deseja ser quando crescer. Ela fica angustiada até a chegada de Carol, sua prima mais velha, que lhe apresenta o mundo das cientistas. A obra destaca de forma lúdica as histórias de cientistas negras do Rio de Janeiro. O livro é de autoria de Ana Lúcia Nunes de Sousa, professora do Nutes de Educação em Ciências e Saúde/UFRJ.
A luta de Denis
Escrito pelo jornalista Manoel Soares e ilustrado por Paulo Daniel, “A luta de Denis” conta a história do menino que e sua mãe, Dona Alice, que moram na comunidade da Vila Zala. Sentindo-se deslocado entre os outros meninos, ele acaba fazendo algo que se torna um divisor de águas em sua vida. Agora, o jovem precisa tomar uma decisão, e essa não será uma tarefa fácil. “Denis é como meus familiares da Bahia me conhecem, e aproveitei para neste livro fazer essa homenagem carinhosa. O livro é inspirado em uma experiência que vivi na infância, mas que serve de parâmetro para muitas crianças de periferia. Quando surgem nossos primeiros conflitos éticos e de formação podemos ajudar essa geração em um caminho de reflexão e construção do tipo de adulto que irá se tornar“, explicou Manoel.
Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula
“Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula” conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião Bem-preto-de-barbicha-bem-branca. O livro é escrito pelo soteropolitano Davi Nunes, que também é poeta e roteirista.
Notícias Recentes
Negros Trumpistas: para cientista político americano, empreendedorismo atrai jovens negros ao voto em Trump
Com 28 Grammys e 60 anos de carreira transformadora no jazz e no pop, Quincy Jones construiu parcerias históricas