Comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil no dia 2 de abril, porque esse é o dia do aniversário do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, um nome importante na literatura mundial. Entre suas obras estão, por exemplo, “O Patinho Feio” e “A Pequena Sereia”.
A doce princesa da imagem que escolhi para representar este texto, se chama Ameerah e vive na Georgia (EUA). Sua mãe gentilmente cedeu a imagem que me encantou desde o primeiro momento em que vi, e prontamente me identifiquei.
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Eu poderia ter me identificado por lembranças de infância, das brincadeiras num mundo de contos de fadas, com direito à coroa e vestido de tule, mas não. E também é fato: não cresci rodeada de livros em casa.
Na verdade, ao ver a pequena Ameerah, lembrei-me das tímidas visitas à biblioteca da minha escola e dos quantos livros que conheci através daquele espaço, muitos me lembro das histórias até hoje.
Quando me dei conta que podia viajar lado a lado com cada personagem, desfrutando da mesma aventura que eles viviam, estando eu sentada ali na biblioteca ou em qualquer outro lugar, me convenci de que a leitura era sim um momento prazeroso.
A sensação de ser capaz de ultrapassar os limites da minha perspetiva de criança e descobrir como a vida podia ser diversa, era algo que me enchia de plenitude e entusiasmo.
Criar um hábito de leitura desde a infância é a chave principal para abrir portas que nos levem a uma boa formação, a uma vida em sociedade mais saudável, ao acesso para o entendimento quanto aos nossos direitos quando chegamos à vida adulta.
É natural que a maioria das crianças veja a leitura mais como obrigação do que prazer. Ler só é bom quando nos sentimos bem com a escrita.
São muitos os pais que se sentem desmotivados quanto a esse engajamento à leitura, quando veem seus filhos lendo histórias em quadrinhos ou revistas de bancas de jornal.
Importante dizer que esse tipo de leitura não deve ser rejeitada e geralmente serve de ponte para a descoberta e o interesse, mais tarde, em outros livros.
Uma sugestão é presentear a criança com livros que tragam temas de algo que seja do interesse dela. Esse é um caminho, um incentivo para que o acolhimento esteja presente durante a leitura.
Destaco também a importância de se dedicar a encontrar tempo para lerem juntos em casa. Tentar mostrar para as crianças que estamos lendo e conversar sobre livros é uma forma de fazer, e não só falar. Ler na frente delas é uma ação poderosa quando a intenção é estimular a leitura nos pequenos.
Estamos num momento de confinamento mundial. Trazer a leitura mais para perto das nossas relações com eles pode ser uma grande oportunidade de descobrimento e conhecimento mais profundo, no tocante ao próprio vocabulário infantil durante a análise da história escolhida.
Sem dúvida, isso é um ganho para as nossas vidas, é uma proximidade linda, e um hábito que pode ser adquirido agora e permanecer no pós-pandemia.
Enquanto escrevo, volta e meia admiro a foto da linda menina princesa que está na tela ao lado do meu texto.
Em suas mãos, ela carrega um livro que escrevi, e conta a história de uma princesa que se parece com ela. Acompanhe Ameerah no Instagram: @lele_meerah_.
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