Durante a apresentação de seu programa The View, Whoopi Goldberg rebateu críticas de figuras conservadoras às vitórias de Beyoncé no Grammy, especialmente na categoria de melhor álbum country com Cowboy Carter. O álbum, que também garantiu à cantora o prêmio de álbum do ano, gerou reações negativas de setores conservadores, que questionaram a legitimidade das conquistas da artista.
O conservador Raymond Arroyo, em entrevista ao programa The Ingraham Angle, da Fox News, na noite seguinte à premiação, classificou os resultados como “ridículos” e sugeriu que Beyoncé não merecia o reconhecimento. “Os artistas country não estão realmente felizes com isso”, afirmou Arroyo, comparando o número de Grammys da cantora com os de ícones como Dolly Parton e Frank Sinatra.
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Goldberg, no entanto, não poupou críticas a Arroyo, refutando a insinuação de que os votos do Grammy seriam influenciados por pessoas sem conexão com a indústria musical. “Senhor, você sabia que é preciso estar na indústria musical para ser um eleitor do Grammy? Então, o cat sitter não pode simplesmente votar”, disse Goldberg, com ironia. A apresentadora também destacou a evolução do Grammy ao longo dos anos, lembrando que, em 1959, quando Sinatra foi indicado, havia apenas 28 categorias, contra 94 atualmente.
“No ano em que Frank Sinatra recebeu seis indicações, apesar de ter dois álbuns em primeiro lugar, ele só ganhou um Grammy naquela noite pela capa do álbum — nem mesmo por seu canto”, afirmou Goldberg, corrigindo um detalhe histórico (Sinatra teve quatro indicações em 1959, não seis).
Além disso, Goldberg criticou a ideia de que a música country seria um território exclusivo de artistas brancos. “Ela se apega à música country como se os brancos também não tivessem comprado seu álbum country”, disse, referindo-se ao sucesso de Cowboy Carter após seu lançamento no ano passado.
“Vamos lá, cara! As pessoas votaram nisso. Às vezes você ganha, às vezes não. O mesmo com o Oscar”, concluiu Goldberg, encerrando o debate com uma frase contundente: “Sente-se!”.
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