O selo de conteúdo Running Rats, em parceria com o diretor de cena Nico Matteis (da Saigon), lançou a plataforma documental Além. Dividido em quatro capítulos, o projeto dá voz a quatro personagens, propondo reflexões sobre temas como preconceito racial e de gênero. Os episódios estão sendo lançados no perfil @runningratsorg, no Instagram.
Além abre reflexões por meio de diferentes prismas. Um Além que vai do preconceito à resistência. Um Além da violência ao esplendor. Os filmes são narrados pelos próprios personagens. As filmagens aconteceram no Rio de Janeiro, nas comunidades de Manguinhos, Maré e Realengo, e em São Paulo, na cidade litorânea de Peruíbe.
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O episódio de estreia conta a história de Jonathan Neguebites, um menino de Realengo (RJ) que sonhava ser jogador de futebol, mas virou dançarino de passinho. Assista ao capítulo “Moleque Puro”:
“Sou Jonathan dos Santos, mais conhecido como Neguebites. A experiência que eu tive fazendo esse documentário foi ‘fodarástica’. É muito gratificante poder mostrar um pouco da minha realidade e da comunidade onde cresci, onde aprendi a maioria das coisas que sei. Eu me emociono todas às vezes que assisto. Agradeço muito ao Nico e a todos os envolvidos pela oportunidade de fazer com que eu sinta ainda mais orgulho da minha história e do meu corre. Foi excepcional para minha autoestima e para eu perceber que sou um cara ‘foda’, que tenho muito mais a brilhar e sou capaz de chegar a qualquer lugar”, conclui Jonathan.
“Participar do projeto Além foi uma experiência incrível. Para além do trabalho, teve conexão, emoção e empatia. Compartilhar coisas tão profundas e intensas, algumas talvez até não bem resolvidas, é difícil pra mim. Fiquei impressionada comigo mesma sobre o quanto me senti à vontade para conversar olho no olho com a equipe que ali estava comigo. Me senti à vontade e as coisas foram fluindo naturalmente… Eu fiquei megafeliz com o resultado, vibrei de emoção, tudo ficou perfeito! Edição, filmagem, direção… A forma que as imagens se encaixavam com minhas palavras transmitia muita emoção. Que trabalho incrível! Me senti muito orgulhosa, essa experiência me fez perceber o quanto sou forte, o quanto evoluí, o quanto devo ser grata por tudo… Me deu muita energia”, conta Codazzi que participa da terceira história, “Ter um teto quando está chovendo”.
A dançarina, da Maré (RJ), que viu no nascimento da filha sua redenção.
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