O professor de Educação Física, Clayton Ferreira Gomes dos Santos, foi libertado da delegacia na Zona Sul de São Paulo na tarde desta quinta-feira (18), dois dias depois de ser preso acusado de participação em um roubo a uma idosa em Iguape, município litorâneo paulista, que aconteceu em 2023. Clayton trabalhava em São Paulo no dia em que o crime ocorreu.
Em entrevista à TV Globo, Clayton Santos descreveu a sensação de ter sido preso: “Você vê passar na televisão e acha que não vai acontecer com você. Aí, quando vem a realidade, você acaba caindo em si e aí você para e pensa: ‘Pô, o que eu fiz de errado?'”.
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A decisão de conceder um habeas corpus a Clayton veio da Justiça de São Paulo, que reconheceu a fragilidade das evidências que embasaram sua prisão. O desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ressaltou que o reconhecimento fotográfico não pode ser a única base para uma detenção e reconheceu o ‘constrangimento ilegal’ de manter o professor sob custódia da justiça.
Clayton Ferreira Gomes dos Santos foi preso na terça-feira, 16, após ser acusado de ter participado de um sequestro a uma idosa de 73 anos, seguido de roubo, na cidade de Iguape, localizada no Vale do Ribeira, em São Paulo. A idosa identificou o professor através de fotos apresentadas pela polícia.
De acordo com o boletim de ocorrência, o sequestro aconteceu no dia 31 de outubro, às 9h. Nesse horário, o professor estava dando aula na Escola Deputado Rubens do Amaral localizada no Jardim Saúde, zona sul da capital paulista, a 200 quilômetros do local do crime. A escola em que o professor trabalhava emitiu um documento atestando a veracidade das informações fornecidas pela defesa de Clayton Ferreira Gomes dos Santos.
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