Vini Jr. cobra posicionamento da Conmebol após caso de racismo com jogadores do Palmeiras na Libertadores Sub-20

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Vini Jr. cobra posicionamento da Conmebol após caso de racismo com jogadores do Palmeiras na Libertadores Sub-20
Foto: Reprodução/Instagram

O atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, usou suas redes sociais para se manifestar em apoio a Luighi, jogador do Palmeiras, e cobrar ações da Conmebol após mais um caso de racismo no futebol. O caso ocorreu durante a partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai, na última quinta-feira (6).

O caso aconteceu no Estádio Gunther Vogel, em San Lorenzo, no Paraguai. Aos 36 minutos do segundo tempo, Luighi e Figueiredo, ambos do Palmeiras, foram alvos de insultos racistas. Figueiredo relatou que um torcedor, com uma criança no colo, fez gestos imitando um macaco em sua direção. Já Luighi foi chamado de “macaco” por torcedores e ainda recebeu uma cusparada. O camisa 9 do Palmeiras denunciou o ocorrido ao árbitro Augusto Menendez, mas a partida seguiu sem qualquer intervenção.

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Luighi chorou no banco de reservas e, após o jogo, desabafou em entrevista. Questionado apenas sobre a partida, ele reagiu indignado: “É sério isso? Vocês não vão perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? É sério? Até quando a gente vai passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime”. No Instagram, Vini Jr. publicou uma mensagem nos stories: “Parabéns pelo posicionamento, mano. É triste, mas fique forte. Vamos juntos nessa luta. Até quando, Conmebol? Vocês nunca fazem nada. Nunca!”.

O Palmeiras venceu o jogo por 3 a 0, com gols de Erick Belé e Riquelme (duas vezes), mas o resultado foi ofuscado pelo episódio de racismo. Em nota oficial, o clube brasileiro repudiou os atos e afirmou que irá “até as últimas instâncias para que todos os envolvidos sejam punidos”. A Conmebol também se manifestou, dizendo que “medidas disciplinares serão aplicadas”. No entanto, a entidade foi criticada por sua lentidão e falta de ações efetivas em casos anteriores de discriminação.

Em uma publicação no Instagram, Luighi voltou a falar sobre o caso: “Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? É a pergunta que espero não ser necessária ser feita em algum momento. Por enquanto, seguimos lutando”.

O caso reacende o debate sobre a necessidade de medidas mais duras contra o racismo no futebol. Vini Jr., que já foi alvo de ofensas racistas em partidas na Espanha, tem sido um dos principais atletas a pressionar por mudanças. Agora, a cobrança se estende à Conmebol, que, segundo críticos, precisa agir de forma mais contundente para coibir esses crimes.

Enquanto isso, Luighi e Figueiredo recebem apoio de companheiros e torcedores, mas a pergunta que ecoa é: até quando o futebol precisará lidar com essas cenas?

Com informações do UOL

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