
A Polícia Militar de São Paulo abriu investigação sobre um vídeo publicado pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de São José do Rio Preto (interior de SP) em que agentes aparecem fazendo gestos semelhantes aos de grupos supremacistas, como a Ku Klux Klan, diante de uma cruz em chamas. O material, divulgado no Instagram da unidade na terça-feira (15/4), foi removido após críticas.
Nas imagens, ao menos 14 PMs erguem os braços à altura dos ombros — movimento associado a rituais nazistas e da KKK — enquanto uma cruz queima ao fundo, com sinalizadores vermelhos e a sigla “Baep” destacada. A trilha sonora e o tom do vídeo remetem a produções de grupos extremistas.
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Em nota, a PM afirmou que o vídeo foi gravado durante o encerramento de um treinamento noturno e tinha como objetivo “representar simbolicamente a superação de limites físicos e psicológicos”. A corporação negou qualquer intenção de associar o conteúdo a ideologias racistas ou políticas falando sobre “a possibilidade de interpretações distorcidas” e afirmou que as circunstâncias estão sendo apuradas. O Ministério Público de São Paulo foi acionado e o caso foi encaminhado a um promotor de Justiça Criminal. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu comunicado reforçando que a PM “repudia toda manifestação de intolerância” e que responsáveis por eventuais desvios serão punidos.
A deputada federal Erika Hilton entrou com um ofício para “exigir explicações da corregedoria da PM, do Governador Tarcísio de Freitas e do Secretario de Segurança Pública Guilherme Derrite”.
Histórico da KKK

A Ku Klux Klan, fundada nos EUA em 1865, promoveu ataques violentos contra negros, judeus e defensores de direitos civis. A cruz em chamas, presente no vídeo do Baep, é um de seus símbolos históricos.
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