Foi aprovado pelo Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) um bônus que pode elevar a nota em até 5% (o percentual depende do valor que será obtido na prova pelo candidato) dos vestibulandos que se autodeclararem negros, pardos ou indígenas e que tenham cursado o ensino básico em escolas públicas.
Também houve a elevação no percentual de bonificação das notas dos alunos que tenha curso o ensino médio em escola pública de 8 % para 12%. Já os candidatos que tenham feito o ensino fundamental e o ensino médio integralmente em escolas públicas vão receber de até 15% na nota. Antes era de 8%. Aqueles alunos que cursaram integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas o bônus passa de 15% para 20%.
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Com isso, de acordo com USP o estudante que se declarar preto, pardo ou indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos.
A medida, no entanto, não foi aprovada pelos estudantes e movimento negro, que defendem a adoção do sistema de cotas pela instituição.
“Mais uma vez a USP demonstra que não quer discutir cotas. Todos os projetos que eles dizem ser para incluir a população pobre e preta não é o sistema de cotas. A gente exige cotas, que é reserva de vagas. Ou seja, garantia de que vai ter população pobre e preta aqui dentro”, afirmou a estudante e membro do Núcleo de Consciência Negra da USP Valéria Couto da Silva.
Em contrapartida a proposta da USP, o movimento negro propôs um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que prevê cotas para as vagas da universidade: 25% para população que se declara negra, parda e indígena; 20% para oriundos da escola pública; e 5% para pessoas com alguma deficiência.
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