Trump congela ajuda à África do Sul e menciona “discriminação contra minoria branca”

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Trump congela ajuda à África do Sul e menciona “discriminação contra minoria branca”
Foto: Reprodução/White House

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão da assistência financeira à África do Sul, alegando que o país africano discrimina a população branca em suas políticas de reforma agrária. A decisão foi formalizada por ordem executiva na sexta-feira (7) e inclui a criação de um programa para reassentar fazendeiros brancos sul-africanos nos Estados Unidos.

A medida é uma reação à Lei de Expropriação, sancionada no mês passado pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que permite ao governo tomar posse de terras não utilizadas ou redistribuí-las quando for considerado de interesse público. A legislação faz parte de um processo de reparação histórica, diante do impacto do apartheid, período em que milhões de sul-africanos negros foram retirados de suas terras.

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A Casa Branca argumenta que a lei penaliza os africânderes, grupo étnico branco descendente de colonizadores europeus. “Enquanto a África do Sul continuar a apoiar atores malignos no cenário mundial e permitir ataques violentos contra fazendeiros inocentes de uma minoria desfavorecida, os Estados Unidos suspenderão a ajuda e a assistência ao país”, diz o comunicado oficial do governo norte-americano.

O empresário Elon Musk, natural da África do Sul e aliado próximo de Trump, tem reforçado a crítica à lei em suas redes sociais, classificando a política de reforma agrária como uma ameaça aos brancos sul-africanos. Ele também tem acusado o governo Ramaphosa de promover “racismo antibranco”.

A suspensão dos repasses ocorre em meio a um movimento mais amplo de redução da assistência internacional por parte dos EUA. A ordem executiva também menciona o papel da África do Sul no processo que acusa Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça, o que ampliou as tensões diplomáticas entre os países.

O governo sul-africano defende que a redistribuição de terras é um “imperativo moral, social e econômico” para corrigir as desigualdades deixadas pelo apartheid. Uma auditoria de 2017 mostrou que 72% das terras agrícolas individuais pertenciam à população branca, que representa cerca de 9% dos habitantes do país.

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