O momento político brasileiro é de transição. Na última segunda-feira, 12, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o diploma de Presidente do Brasil poucos dias após o anúncio oficial dos seus primeiros Ministros. Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa) e Mauro Vieira (Itamaraty).
A impressão de que o cenário ainda é bem branco e masculino é correta. A nomeação de Margareth Menezes como Ministra da Cultura que tomou conta dos noticiários foi o único nome diverso citado, mas ainda não foi oficializado.
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O que se tem de oficial são as promessas de pluralidade reforçada por Haddad, também na segunda, onde o futuro Ministro da Fazenda disse que quer montar uma equipe plural no Ministério.
Para a jornalista da Globonews, Flávia Oliveira, a diversidade ainda não está sendo colocada em prática. “Se fala em pluralidade, mas na hora de levantar da cadeira e ceder o lugar para uma pessoa negra, para uma pessoa indígena, para uma mulher, há muita resistência e a gente vê o tempo inteiro muita sabotagem”, disse a profissional durante o Jornal das 10. É muita tentativa de perpetuação dos mesmos nomes”.
Ela reforçou o anseio dos eleitores de Lula por essa divisão do poder. “Eu queria voltar na declaração do futuro Ministro da Fazenda porque ele diz que quer um debate plural do ponto de vista de vertentes econômicas, mas essa pluralidade tem que estar expressa também nos corpos que vão debater esse contraditório. Eu acho muito bem-vinda a ideia de horizontalizar a equipe econômica novamente”, comenta Flávia que disse esperar que se usufrua do material elaborado por voluntários envolvidos no projeto do novo Governo.
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