“Quero!”, respondeu Taís Araujo, sem hesitar, ao atender o telefonema do diretor Guel Arraes com o convite para interpretar Nossa Senhora em ‘O Auto da Compadecida 2’. Mas, logo após a empolgação inicial, veio a dúvida: “Como é que eu vou fazer isso?”. Durante a coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (9), em São Paulo, a atriz compartilhou seu misto de emoções diante do desafio de dar vida à personagem vivida por Fernanda Montenegro no primeiro filme.
Apesar desse misto de emoções, Taís disse que o sentimento de estar neste filme era imenso. “Eu mal acreditava que eu estava ali, porque parece que afirmava o meu desejo de ser atriz, de estar trabalhando com esses atores, com esses diretores […] eu jamais imaginei que o Auto teria o 2,e que eu poderia ser a Nossa Senhora”, disse a atriz, que integra o elenco ao lado de Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que dão vida à dupla João Grilo e Chicó, respectivamente, além de outros grandes nomes do cinema.
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Assim como no primeiro filme, a aparição da Compadecida interpretada por Taís Araujo também é breve. “Foi muito difícil pra mim tirar o figurino. Acabou e eu fiquei quase uma hora vestida de Nossa Senhora no camarim. Eu não queria abandonar o que eu estava vivendo ali, estava muito gostoso. Eu queria esticar aquele momento”, contou.
Além da felicidade de viver o personagem, Taís também conta como ficou emocionada por trabalhar com a equipe do filme. “O dia que eu fui visitar o set, era o dia do encontro do Chicó com o João Grilo. E eu estava ali, só vendo. Tinha uma figuração que ia cantando e era tudo tão bonito, que eu comecei a chorar”, disse.
Mas enquanto tentava controlar o choro, ela viu Luisa Arraes em prantos também: “Me libertou. Eu estava muito emocionada como espectadora porque esse filme vive dentro de nós”, relatou.
Amizade com Matheus Nachtergaele
Taís Araujo aproveitou a ocasião da coletiva de imprensa para declarar o seu amor pelo amigo Matheus Nachtergaele, com quem voltou a trabalhar depois de 20 anos.
“A gente fez um trabalho junto [na novela] ‘Da Cor do Pecado’, em que nós éramos melhores amigos e a gente tem esse amor, que durou esse tempo todo. Estar ali naquele lugar, era como se fosse quase salvando um amigo meu, e a gente está num lugar aqui que é muito maluco, da dramaturgia, mas tem todo o amor de uma vida construída de uma amizade, de um respeito. Então era uma coisa que ficava mesclado muito lindamente”, disse.
Ao refletir sobre alguns dos seus momentos favoritos durante as gravações do filme, Matheus cita a cena com a amiga. “Talvez a mais louca de todas e mais surpreendente, apesar da gente ter ensaiado muito, foi quando a Taís chegou como a Compadecida. Primeiro porque a gente se ama muito, e segundo que esse é um momento muito especial pro Grilo”, contou.
“Essa é a hora que o herói vai viver ou morrer. É a hora que ele precisa do perdão da Compadecida, da ajuda dela. E ser a Taís foi muito forte. O filme é muito lindo esteticamente, ele é um deslumbre, ele é um sonho. […] Quando eu vi ela pela primeira vez, com a luz que o Gustavo Árdua tinha desenhado, com os cenários em todo o figurino, eu tive a sensação de que nunca tinha visto nada mais bonito na minha frente”, disse encantado.
“Eu acho que o público vai sentir a mesma coisa. Na sessão do CCXP 2024, a plateia de quase 3 mil pessoas fez ‘UAU’. Aquilo que eu senti quando me ajoelhei diante dela, eles sentiram também. Acho que isso talvez tenha sido, nesse Auto 2, o momento mais impressionante para mim. Quando eu reencontrei Nossa Senhora, numa nova roupagem, mas era ela, Ela é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci e uma das pessoas que eu mais amo no Brasil”, finalizou Matheus sobre seu sentimento por Taís e sua experiência de contracenar com ela.
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