Agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil encontraram nesta sexta-feira (30) em um rio de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, uma ossada e fios de cabelo dentro de um saco plástico, que podem ser das três crianças desaparecidas em dezembro do ano passado. Ontem uma testemunha depôs na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e apontou o irmão, José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, como o homem que teria jogado os corpos de três meninos em um rio.
Segundo a testemunha, o irmão se encontrou com traficantes em um bar, no Morro do Castelar, em Belford Roxo, no dia em que as crianças (Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, ) desapareceram. O homem disse que estava com o irmão em um bar quando um bonde de carros com traficantes parou no local e chamou um deles para uma missão. A testemunha disse à polícia que o irmão saiu com os bandidos e voltou uma hora e meia depois.
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Após alguns dias, o irmão teria contado à testemunha que a tarefa dada por homens do tráfico era a de ajudar a desaparecer com os corpos das três crianças. Na última quarta-feira (29), ele procurou o 39º BPM (Belford Roxo) para denunciar o caso. De lá, a testemunha foi encaminhada para a DHBF.
A testemunha alegou que revelou agora o que sabia por estar sofrendo com o segredo. Em mais detalhes revelados, ele também contou que os meninos, desaparecidos no dia 27 de dezembro do ano passado, teriam sido espancados e mortos a mando do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico. O motivo do crime seria que uma das crianças estaria envolvida no furto de uma gaiola de passarinho.
Ainda de acordo com a denunciante, os corpos foram jogados na localidade conhecida como Ponte de Ferro 38, no Bairro Amapá, na divisa dos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias.
Bombeiros realizaram buscas pelos corpos dos três meninos entre 10h e 12h15. próximo ao rio Botas, em Belford Roxo, que corta a baixada. “Esses ossos vão para a antropologia do IML [Instituto Médico Legal] para saber primeiro se o osso é humano. Confirmado, eles conseguem identificar se é masculino ou não e a faixa de idade. Após essa etapa será coletado um fragmento do osso e encaminhado para o IPPGF [Instituto de Pesquisas Perícias Genética Forense] para fazer um teste de DNA e ver se é compatível com o padrão dos familiares”, explicou a perita criminal Denise Rivera.
Para o jornal O Globo a avó de duas das crianças, Silvia Regina, disse que acredita que os meninos estejam vivos e que a história do corpo em saco plástico seja “só para despistar”.
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