Starbucks é processada nos Estados Unidos por políticas de contratação com base em DEI

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Starbucks é processada nos Estados Unidos por políticas de contratação com base em DEI
Foto: Reprodução

O procurador-geral do Missouri, nos Estados Unidos, Andrew Bailey, moveu um processo contra a Starbucks, acusando a rede de cafés de adotar “práticas de contratação baseadas em raça e sexo” que violariam leis federais e estaduais. A ação alega ainda que as políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) da empresa resultaram em serviços mais lentos e preços mais altos para os consumidores, ao priorizar critérios que não seriam exclusivamente baseados na qualificação dos candidatos.

No processo, Bailey argumenta que as políticas da Starbucks são “mero pretexto para seu real comprometimento com a discriminação ilegal”. A denúncia afirma que as práticas da empresa prejudicam moradores do Missouri que “trabalham ou gostariam de trabalhar” na rede, mas seriam discriminados com base em raça, sexo ou outras categorias protegidas por lei.

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Em resposta ao processo, a Starbucks negou as acusações. Em uma declaração enviada para a CBS News, o comunicado afirmou que as alegações do promotor “são imprecisas”. A rede também destacou que suas práticas de contratação são “inclusivas, justas e competitivas”, visando selecionar “o candidato mais forte para cada vaga”. Além disso, especialistas destacaram que os altos preços e a lentidão no atendimento são causados por fatores como a inflação e a complexidade das personalizações de bebidas. A alta nos custos de ingredientes como café e leite, somada à vasta gama de opções de customização, tem pressionado os preços e os tempos de espera.

Brian Niccol, CEO da Starbucks, assumiu o compromisso de melhorar a eficiência da rede. No ano passado, ele prometeu simplificar as personalizações de bebidas e garantir que os pedidos sejam entregues em até quatro minutos. Niccol, que foi contratado da Chipotle para revitalizar a empresa, também tem buscado tornar as lojas da Starbucks mais acolhedoras.

Mudanças nas políticas da empresa

Recentemente, a Starbucks reverteu sua política de portas abertas, que permitia que pessoas usassem suas lojas e banheiros sem fazer compras. A medida, adotada em 2018 após um incidente em que dois homens negros foram presos em uma loja da Filadélfia, foi abandonada no mês passado. O caso, amplamente divulgado nas redes sociais, gerou críticas e levou a empresa a repensar suas práticas. Agora, a Starbucks exige que os clientes façam uma compra para permanecer em suas lojas ou usar os banheiros.

O litígio ocorre em um momento de crescente debate sobre programas de DEI nos Estados Unidos. Poucas semanas antes, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva proibindo tais iniciativas em órgãos governamentais e incentivando o setor privado a abandonar práticas que, segundo ele, promovem “discriminação ilegal”. Grandes empresas, como Ford, Google, McDonald’s, Meta, Target e Walmart, já revogaram ou revisaram suas políticas de DEI no país diante da pressão de grupos conservadores.

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