“Sou policial e matei por legítima defesa”. Será votado hoje projeto de lei pelo o fim de “autos de resistência”.

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“Sou policial e matei por legítima defesa”.  Será votado hoje projeto de lei pelo o fim de “autos de resistência”.

(Por Silvia Nascimento) Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)  na semana passada mostram em números, o que quem é negro já sabe faz tempo. Quem tem pele mais escura sofre mais com a violência policial. De acordo com a pesquisa do instituto, a cada três assassinatos no País, dois vitimam negros.

“Poderíamos fazer contas simples que chegariam aos seguintes dados: 25.714 jovens negros serão assassinados em 3 anos, o que equivale a mais de 8.570 por ano ou a 715 por mês! Analogia perfeita: Três aviões lotados de jovens negros, caindo todos os meses nos próximos três anos, sem nenhum sobrevivente”, argumenta Douglas Belchior, da UNEAFRO.

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PL 4471/12 pretende diminuir abuso policial

O Projeto de lei  4471/12, de autoria dos deputados federais Paulo Teixeira, Fabio Trad, Protógenes e Miro Teixeira prevê o fim dos “autos de resistência” e “resistência seguida de morte e cobra das autoridades maior rigor nas apurações dos casos de morte envolvendo força policial. “A forma mais habitual de esconder os assassinatos promovidos pelas polícias é a utilização dos termos “autos de resistência” e “resistência seguida de morte”, nos boletins de ocorrência. Sob a alegação de que houve resistência ou confronto e de que o policial estaria agindo em “legitima defesa”, as investigações sobre as mortes não acontecem e os assassinos permanecem impunes e pior, ativos em suas funções”, explica Belchior. Em 2012 só em São Paulo, 546 pessoas foram mortas pela polícia.

O texto descreve que há uma superficialidade em muitas investigações , de acordo com profissionais da área,  tais como  falha na busca por testemunhas desvinculadas de corporações policiais e a ausência de perícias básicas, como a análise da cena do crime.

Ainda de acordo com o projeto de lei, as práticas atuais violam os direitos humanos e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário porque há uma grande deficiência nas investigações.

O presidente da Câmara dos Deputados se comprometeu em colocar o projeto em votação hoje a partir das 16 horas. (horário de Brasília). O Ele deve ser votado hoje as 16 horas (horário de Brasília).

O” twitaço” está sendo organizado por algumas entidades negras. Mais informações clique aqui.

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