Fora do catálogo por 40 anos, o livro “Sitiado em Lagos” de Abdias Nascimento (1914-2011), sobre a luta de um dos ativistas mais importantes do movimento negro no Brasil, acaba de ganhar uma nova edição pela Ipeafro e a editora Perspectiva.
Em celebração aos 110 anos de Abdias Nascimento, o lançamento da obra narra a luta do dramaturgo e professor contra a censura e a pressão diplomática do governo militar contra a sua participação no Festac 77 na Nigéria, em 1977, um importante festival que celebra a cultura e a identidade africana.
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“O que quero reafirmar é que a experiência de um negro não se restringe a uma dimensão de pura subjetividade intransitiva. Muito pelo contrário, a experiência pessoal do negro registra-se como um fenômeno sociocultural que abrange a inteira coletividade oprimida, vítima de diversas destituições de elementos básicos à sua sobrevivência como povo”, diz um trecho da obra.
Segundo a Ipeafro, “Sitiado em Lagos – Autodefesa de um Negro Acossado Pelo Racismo” conta com um novo prefácio escrito pelo professor Molefi Kete Asante, uma apresentação da professora Elisa Larkin Nascimento, que situa os fatos na perspectiva histórica das duas edições, além do prefácio de Dom José Maria Pires e posfácio de Carlos Moore.
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