A prefeitura de Franklin, uma cidade no estado norte-americano do Tennessee com cerca de 80 mil habitantes, ouviu os pedidos da população e decidiu retirar uma estatua de 11 metros que ficava na praça central. A estatua em questão, representava um soldado confederado, sendo um símbolo racista.
A notícia da retirada da estatua foi recebida com muita emoção pelos moradores da cidade, dentre eles Hewitt Sawyers de 73 anos, que disse evitar frequentar o centro da cidade para não ver a escultura. ”Cada vez que eu dava a volta naquela praça, era um lembrete do que tinha acontecido.” Agora Sawyers não irá mais precisar se preocupar, pois além da antiga estatua não existir mais, ela deu lugar a uma nova escultura: A de um soldado da United States Colored Troop (Tropa das Pessoas de Cor dos EUA) ativa entre 1863 e 1865. A nova escultura, de bronze e em tamanho real, foi esculpida pelo premiado artista francês Joe Howard, também negro.
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O novo monumento foi inaugurado sábado, em uma cerimônia para centenas de pessoas.
De acordo com uma pesquisa recente divulgada pelo The New York Times e feita pela Fundação Andrew W Mellon, 50% das estatuas nos EUA representam donos de escravos. No entanto as coisas parecem estar mudando: No último dia 19 foi anunciado que a estatua do antigo presidente Thomaz Jefferson está com os dias contados na Câmara de Nova York por seu passado racista. Além disso, a representação do general confederado Robert. E Lee, também foi retirada da Vírginia e enviada para um armazém do governo.
Mas esse não é um problema só dos EUA. Em Londres por exemplo, existem mais esculturas de animais do que de mulheres e pessoas negras pela cidade. 8% das esculturas londrinas são de animais, 4% de mulheres, 1% de negros e apenas 0,2 correspondem a representações de mulheres negras.
Aqui no Brasil, o problema além da falta de representatividade não branca, e das inúmeras homenagens à escravocratas e colonizadores, é que a há quem defenda a permanência dessas imagens sobre a premissa de que ”não podemos apagar o passado”. De fato, infelizmente não podemos, mas está na hora de contar a história inteira.
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