Muitos internautas tem usado o termo racismo para definir a maneira como o jornalista Daniel Castro, tem se referido à performance da jornalista Maju Coutinho como apresentadora do Jornal Hoje.
Com 52 anos e atuando como editor do site Notícias da TV desde 2013, Castro tem uma maneira sensacionalista de escrever e raramente menciona suas fontes, o que faz parte do jornalismo, mas como no caso da Maju, algumas informações foram desmentidas, provando que ou as fontes dele mentem, ou ele é adepto ao fakenews.
Notícias Relacionadas
Toni Vaz, ativista e fundadora do NAACP Image Awards, principal premiação do entretenimento negro dos EUA, morre aos 101 anos
Tainara Ferreira é escolhida como embaixadora do Brasil na Africa Fashion Week, em Londres
Se o caso da Maju foi racismo, isso ainda não é uma ponto de vista unânime, mas quando sua coluna escreveu sobre Odan Ferreira, a respeito de cenas adultas do seu personagem Aécio na novela Segundo Sol, não há dúvidas sobre a sua maneira irresponsável em falar sobre o ator, o tratando como brinquedo sexual.
O título de um texto escrito em sua coluna dizia que “Segundo Sol: Rochelle usa Sexo Com Negão para se vingar de irmã drogada”.
O ator Odan Ferreira, criticou a nota de forma brilhante:
“Ei! Notícias da TV, Eu não sou seu negro! Precisamos falar sobre objetificação de corpos negros. Quisera eu, que todos tivessem ideia da responsabilidade que nos atravessa em cena pra não reproduzir estigmas, não sublinhar estereótipos, não ficar chato, fazer bem e as vezes também se permitir esquecer tudo isso. Porque não pensar sobre essas coisas e apenas executar o seu trabalho é libertador, mas nem sempre possível. Quisera eu. Porém, o que me fez escrever aqui sobre a manchete acima, além dela ser absurda, são as mensagens que recebo nas redes e nas ruas. Palavras que falam de orgulho e representatividade, e que me fazem ter compromisso e responsabilidade quando boto a minha cara na tela. É por isso que escolhi ser ator, pra comunicar, andar com o nosso tempo e contribuir com reflexão. O que para mim, enquanto jovem ator, é responsabilidade e consciência, para quem se propõem a ser jornalista deveria ser obrigação. É muito difícil ver essa parcela da impressa do nosso país que, ainda se permite escrever e publicar esse tipo de manchete, que reproduz e reforça estigmas preconceituosos, reduzindo e hiper sexualizando os nossos corpos com uma escrita viciada em troca de cliques. Sei que temos aqui, veículos e jornalistas sérios, com propósito, e é nesse tipo de imprensa que acredito e busco dialogar. Márcia Pereira, Daniel Castro, Notícias da TV, faltou respeito e responsabilidade, meus caros! Pega a visão: Os tempos são outros. Repito: Eu não sou seu negro!”.
E a resposta de Daniel Castro, por meio do Twitter foi a seguinte: “Se o ator não quer ser objetificado, porque fica pelado em rede nacional? Por que faz papel de ‘negão’ se não quer ser chamado de ‘negão’?”
Incrível que jornalista que assinam colunas sobre cultura popular, não estudem a cultura popular e pior ainda, não revejam a maneira de escrever que pode ser ofensiva para boa parte dos seus leitores. O erro em objetificar corpos negros já é senso comum há um bom tempo.
Eu particularmente, estou boicotando a coluna Notícias da TV.
Notícias Recentes
Negros Trumpistas: para cientista político americano, empreendedorismo atrai jovens negros ao voto em Trump
Com 28 Grammys e 60 anos de carreira transformadora no jazz e no pop, Quincy Jones construiu parcerias históricas