Salvador Capital Afro celebra ancestralidade com desfile de blocos Afro e afoxés

0
Salvador Capital Afro celebra ancestralidade com desfile de blocos Afro e afoxés
Foto: Luan Teles

Com um desfile que reuniu blocos afro e de afoxé que fizeram um cortejo até a Praça Castro Alves, em Salvador, na Bahia, o evento Salvador Capital Afro celebrou a ancestralidade negra na capital baiana no último sábado, 25. Passaram pelas ruas do Centro histórico da cidade blocos tradicionais e reconhecidos no país inteiro, como Ilê Aiyê, Olodum, Filhos de Ganhdy, Didá, A Mulherada, Cortejo Afro, Ara Ketu, Bloco da Capoeira com Tonho Matéria, Filhas de Ganhdy, Malê Debalê e Muzenza.

Realizado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), o desfile celebra a herança africana na capital com a maior população negra fora da África. Iniciando o desfile, as Filhas de Ganhdy foram acompanhadas por um cortejo de cem baianas, que saíram do Memorial das Baianas até a Castro Alves e fizeram uma lavagem da praça. Os filhos de Gandhy vieram logo atrás e se encontraram com o trio do Cortejo Afro na Castro Alves, onde cantaram juntos músicas em homenagem ao bloco afoxé.

Notícias Relacionadas


“Esse é o primeiro ano de um evento que será calendarizado em Salvador. Encontros históricos e inéditos, como o Olodum e o Ilê Aiyê, e a beleza de todos os outros blocos Afro e afoxés acontecendo no mês de novembro. A Prefeitura irá fazer do Desfile Salvador Capital Afro um carnaval único em que a celebração dos blocos Afro é o principal objetivo”, afirmou Pedro Tourinho, titular da Secult.

Os cortejos continuaram com os trios d’A Mulherada, do Bloco da Capoeira, e do tradicional Muzenza do Reggae se encontrando, ao por do sol, na Praça Castro Alves. O toque e o balé da Banda Didá adentrou o anoitecer, ao som de clássicos da música baiana, e se encontrou com o Malê Debalê. No início da noite, o samba reggae impulsionado por Neguinho do Samba, mostrou que o mundo negro é feito a partir de encontros. O Olodum desceu a Rua Chile para se encontrar com o Ilê Aiyê. Ao mesmo tempo, o axé do Ara Ketu chegou à Praça Castro Alves, em um encontro das três blocos.

A professora Ivete Sacramento, secretaria da Reparação de Salvador, afirma que o desfile é uma oportunidade de mostrar ao mundo algo que é único de Salvador, os blocos Afro. “No Carnaval, não dá para perceber a grandiosidade dos blocos Afro. Então, esse evento se torna uma mostra de toda a potência e raiz africana dos blocos. Você consegue perceber, em cada bloco Afro, a diferença no tocar, no dançar e bailar. Me sinto muito feliz em ver o resgate da cultura afro-brasileira que está sendo feito aqui no desfile”.

Gilsoney de Olveira, presidente do Gandhy, que completou 70 anos em 2023, destaca a importância do desfile enquanto um evento de fomento à cultura ancestral. “Essa valorização, na cidade mais negra fora da África, é fomentar e dar continuidade. É um momento novo, pois mostra para o mundo, para quem é da cidade e para o turista a força do afoxé e a felicidade dessa grande nação baiana”, destacou.

O Desfile Salvador Capital Afro encerrou com o After Batekoo. FreshPrince Da Bahia, Tia Carol, DJ Belle e Errari fecharam o grande encontro que reuniu blocos Afro e afoxés. O último evento do Novembro Salvador Capital Afro acontece neste domingo (26), na Caminhada do Samba.

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

No posts to display