Nesta terça-feira, 15 de outubro, a partir das 18h30, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recebe a geógrafa norte-americana Ruth Wilson Gilmore para o painel “Do capitalismo racial à geografia da Abolição”, um dos destaques da Semana da Geografia 2024. Gilmore, reconhecida internacionalmente por sua atuação como abolicionista penal, é também professora de Geografia em Ciências da Terra e do Ambiente na City University of New York.
Durante o evento, ela discutirá a relação entre o sistema prisional, o capitalismo e as desigualdades raciais. Além disso, Gilmore lançará e autografará seu mais recente livro, “Califórnia Gulag: prisões, crise do capitalismo e abolicionismo penal“, no qual explora o caso George Floyd e os fundamentos do abolicionismo nos EUA.
Com uma trajetória consolidada de pesquisa e militância no abolicionismo penal, especialmente voltada para a população negra, Gilmore promete trazer reflexões profundas durante sua apresentação. A geógrafa pretende traçar paralelos entre o passado e o presente, destacando que a abolição da escravidão nos Estados Unidos foi um processo inacabado. Essa análise crítica torna ainda mais relevante a discussão sobre as estruturas de opressão que permanecem até hoje, algo que certamente instigará debates intensos entre os presentes.
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Além do painel, o público terá a chance de se aproximar ainda mais do trabalho de Gilmore com o lançamento de seu novo livro, “Califórnia Gulag”, que é um dos destaques da Semana da Geografia. A obra aborda a crise prisional nos Estados Unidos a partir de uma perspectiva abolicionista, e tem como foco as interseções entre racismo, capitalismo e justiça social. O evento terá tradução simultânea e será transmitido ao vivo pelo YouTube, possibilitando que um público mais amplo possa acompanhar.
A vinda de Gilmore ao Brasil faz parte de uma agenda de diálogos com movimentos sociais e acadêmicos, nos quais ela busca fortalecer as discussões sobre justiça racial e social. Recentemente, a geógrafa também esteve presente em eventos no Rio de Janeiro e no Maranhão. A transmissão ao vivo pelo YouTube e a tradução simultânea são uma oportunidade para que ainda mais pessoas possam participar dessas discussões essenciais.
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