Cíntia Barboza, rainha de bateria da Acadêmicos de Realengo, escola de samba do Rio de Janeiro, denunciou ter sofrido uma abordagem abusiva por parte da Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A sambista, que embarcaria para Benin, país africano, na madrugada desta quinta-feira (4), foi impedida de viajar após alegações de um suposto problema em seu nome, ela também foi encaminhada para o Hospital geral de Guarulhos para fazer uma tomografia para comprovar que não carregava drogas.
Ao apresentar seu passaporte, Cíntia foi barrada pelos agentes, alegando irregularidades no nome, embora ela tenha explicado que recentemente regularizou o documento ao adicionar o sobrenome do pai. Isso resultou na perda do voo, que a levaria até o Benin para uma apresentação que aconteceria neste sábado, 6.
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Em declaração ao jornal Extra, Cíntia explicou que viajava a trabalho com um grupo para uma palestra sobre o carnaval em Benin. Embora tenha passado tranquilamente pelo raio-x com seus pertences, foi detida pelos policiais federais, que revistaram suas coisas, alegando problemas não especificados. Ela conta ainda que foi forçada a retirar a lace para comprovar que não transportava drogas dessa forma. Posteriormente, foi encaminhada a um hospital para realizar uma tomografia corporal, onde aguardou três horas até ser liberada, sem qualquer evidência de envolvimento em atividades ilícitas.
“Eu fui até a cabine, apresentei meu passaporte e os policiais federais começaram a balançar a cabeça como se tivesse alguma irregularidade. Eu expliquei que meu nome era Cintia Barboza Batista, mas eu adicionei recentemente o sobrenome “Amaro”, do meu pai. Mostrei o passaporte regularizado e o antigo, que ainda está na validade, disse que já havia viajado inúmeras vezes para o exterior, inclusive para a África, mas eles se recusaram a me deixar seguir viagem”, declarou ela para o jornal.
Em suas redes sociais, Cíntia falou sobre o caso. Ela contou que só conseguiria ser realocada em outro voo no dia 7 de janeiro, um dia depois do seu compromisso oficial. Ela também afirmou que teve que arcar com todos os custos de alimentação e hospedagem enquanto aguardava a possibilidade de um novo embarque: “Não me ajudaram com alimentação, hospedagem, e não encontraram nada ilegal comigo… me submeti a tomografia no hospital geral de Guarulhos…que filme de terror!!!”
Cíntia relatou que foi colocada junto de mais cinco homens negros que também foram detidos suspeitos de tráfico de drogas. Os seis tiveram que fazer a tomografia. O exame dela e de mais dois passageiros tiveram resultado negativo, segundo a reportagem.
Até o momento, a Polícia Federal e o Aeroporto de Guarulhos não se pronunciaram sobre o caso.
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