Criando novas narrativas para reescrever a história, o fotógrafo Alex Santana e uma equipe de profissionais fez um ensaio fotográfico inspirado em imagens construídas com inteligência artificial chamado “Futurismo Anacrônico”.
O ensaio criado por Santana e com direção de Gui Pondé, traz um casal negro que encena poses de afeto e semelhança. De acordo com o fotógrafo “um espelho imaginário serve de suporte para duas pessoas que se reconhecem e se estranham em uma dualidade de gênero”.
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Ao retratar os modelos Suelen Gaspar e André Rodriguez, Alex Santana trouxe para o ensaio um olhar surrealista “onde a luz, quase ausente toca a pele negra retinta com delicadeza e mistério”, contou. O trabalho do fotógrafo, aliado ao da maquiadora Mary Saavedra impressiona ao ser facilmente confundido com as imagens que hoje são geradas digitalmente por Inteligência Artificial.
Para trazer essa impressão ao público e também para fazer referência a adornos utilizados por povos africanos, Alex Santana conta que “elementos plásticos são incorporados aos corpos com referências a artifícios utilizados por culturas africanas como adorno corporal”. Além disso, o slytling, desenvolvido por Pejana, “elabora roupas e adereços com inspiração no surrealismo de Dalí, sugerindo uma viagem do artista à algum destino onírico em alguma paisagem africana”, conta.
Ao criar o ensaio fotográfico, a equipe que acompanhou Alex pretendia não só apresentar uma estética apurada e cheia de referências, mas também reescrever a história negra contada usando recursos reais. “Se a inteligência artificial nos traz a possibilidade de criar novas narrativas, porque não rescrever a história”, afirmam.
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