O Teatro Nelson Rodrigues, no boêmio bairro da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, será palco de uma celebração poderosa: o Prêmio Ubuntu de Cultura Negra. Em sua quarta edição, o evento que acontece em 13 de novembro, às 17h, reunirá potências da cultura afro-brasileira em uma homenagem ao legado e à ancestralidade do povo negro no Brasil. Criado em 2019 por Paula Tanga, gestora cultural e assistente social, o prêmio surge com o propósito de enaltecer as vozes que, ao longo da história, foram caladas, silenciadas e invisibilizadas, mas que hoje ecoam alto por reconhecimento e respeito.
“Ubuntu” – termo de origem zulu, que significa “sou quem sou, porque somos todos nós” – reflete o espírito de unidade e coletividade que norteia o evento. Segundo Paula Tanga, o objetivo do prêmio é resgatar e reafirmar a importância da cultura negra para a sociedade brasileira, promovendo uma programação antirracista que, em pleno novembro, coloca em evidência os Pilares da Arte Preta Nacional. “Nossa missão é honrar o legado ancestral afro-brasileiro e destacar as potências negras que são fundamentais para a construção de um Brasil mais inclusivo e diverso”, afirma a idealizadora.
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Nesta edição, o Prêmio Ubuntu traz uma programação variada, que inclui grandes nomes da música e da cultura negra. Entre as atrações confirmadas estão o cantor Kleber Lucas, o rapper Marvim e o Coral Acessoul, que prometem emocionar o público com performances que refletem a riqueza e a profundidade da cultura afro-brasileira. Além deles, a cerimônia contará com a presença de personalidades como Amaury Lorenzo, Jéssica Ellen, Robson Caetano, Levi Asaf, Ygor Marçal, Tatiana Tibúrcio, Ronald Pessanha, Aline Prado, Roberta Rodrigues, Clementino Jr, Fabrício Boliveira, Raphael Logan, Dom Filó, Rezzito, Diogo Almeida e Evaldo Macarrão, todos engajados em destacar o valor das expressões desportivas, artístico-culturais negras no Brasil.
Ao longo dos anos, o Prêmio Ubuntu de Cultura Negra tem se consolidado como uma resposta à ausência de representatividade preta nas principais premiações e homenagens culturais. Para Paula Tanga, esse espaço de valorização é fundamental para que as próximas gerações possam encontrar referências e inspiração para resistirem e prosperarem em uma sociedade ainda marcada pelo racismo estrutural. “É uma celebração do nosso legado e uma afirmação de que estamos aqui, de que somos muitos e de que a nossa voz é fundamental”, conclui.
Nesta quarta edição, o evento espera reafirmar o compromisso com a diversidade, reforçando o impacto e a relevância das artes e manifestações culturais de origem africana no Brasil. O Prêmio Ubuntu de Cultura Negra é mais do que uma premiação: é um ato de resistência e celebração da ancestralidade que sustenta as gerações atuais e futuras. Com essa iniciativa, Paula Tanga e todos os envolvidos relembram ao país a potência da arte preta, cujo brilho é irrefreável e essencial para uma sociedade mais justa e consciente de sua história.
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