Com o objetivo de reconhecer locais e sua relação com personalidades negras, a Prefeitura do Rio de Janeiro e Projeto Negro Muro lançaram o Circuito da Igualdade Racial. O projeto vai identificar locais relacionados à cultura da população negra com Placas de Patrimônio Cultural. A primeira placa foi instalada no último sábado (30) em Santa Teresa, onde morou a autora, antropóloga, filósofa e política Lélia Gonzalez (1935 – 1994).
Além da Placa de Patrimônio Cultural, a Ladeira de Santa Teresa, número 106, onde morou uma das maiores intelectuais da América Latina, recebeu um grafite em sua homenagem. “Um grito preso na garganta, uma inquietação pelo apagamento histórico racista que o povo preto no Brasil passa até hoje”, expressou Pedro Rajão, criador do “Negro Muro”, que deixa impressos, grafites e pinturas pelo Rio em homenagem a personalidades negras. “O Negro Muro são ocupações permanentes para resgatar histórias ou tornar o dia a dia mais leve”, complementou Rajão.
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As placas de identificação de bens e locais de relevância começaram a ser instaladas em 1992 pela prefeitura do Rio, em busca de enaltecer arquiteturas da cidade. Em 2010, a prefeitura decidiu ampliar a proposta para temas voltados para a cultura carioca. As próximas três placas já estão confirmadas e serão do Maestro Anacleto de Medeiros (1866-1907), em Paquetá, GRANES Quilombo, em Acari, e a casa de Lima Barreto (1881 – 1922), em Todos os Santos.
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