O integrante do grupo de rap Fugees, Pras Michel, admitiu ter passado informações para o FBI sobre a China em um julgamento contra ele. O rapper é acusado de trabalhar como agente não registrado da China e para o bilionário Jho Low na reeleição de Barack Obama, em 2012, e no governo de Donald Trump e pode pegar até 22 anos de prisão. Ele se declara inocente.
Segundo a promotoria, o rapper e empresário Pras Michel, integrante de um dos maiores grupos de rap da história, o Fugees, teria recebido milhões de Jho Low para conseguir conexões dentro do governo Obama e no governo Trump e que usou as conexões a favor da China e de Low. No total, ele é réu em 10 acusações, sendo conspiração, adulteração de testemunhas e falha em se registrar como agente da China.
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Quem é Jho Low? O bilionário é acusado de corrupção e roubar US$ 4,5 bilhões do fundo soberano da Malásia, o 1MDB. Ele também é acusado de tentar usar sua influência no governo dos EUA quando o caso de corrupção veio a público. Ele é co-réu no julgamento do ex-membro do Fugees e atualmente é considerado fugitivo.
Na última semana, Pras resolveu depor em seu próprio caso, algo considerado inédito – segundo o repórter da Mother Jones, ele disse ter tomado essa decisão “depois de consultar meus advogados e o universo” -, e reforçou mais uma vez ser inocente sobre as acusações de conspiração e falsificação de registros.
Segundo seu testemunho, em 2012 ele teria recebido US$ 20 milhões de Low e outros estrangeiros para ajudá-los a conseguir tirar uma foto com o então presidente Barack Obama e viu isso como “dinheiro grátis” e não sabia que estava infringindo uma lei, ele também alegou que esse dinheiro também era para investir em um negócio de mídia que ele estava construindo.
Michel também disse que se reuniu voluntariamente com o FBI para falar sobre os esforços da China para extraditar um dissidente proeminente, Guo Wengui, e que era apenas um conector de Low na busca de achar um advogado para as acusações civis apresentadas pelo governo dos EUA.
Segundo o advogado do ex-integrante do Fugees, David Kenner, ele não estaria intencionalmente infringindo nenhuma lei em que ganhar dinheiro não é crime.
Mas segundo a promotoria, ele teria usado US$ 800 mil desse dinheiro para fazer doações, usando nome de terceiros, no “Obama Victory Fund” em eventos com o presidente.
A promotoria também alega que anos depois ele teria recebido mais de US$ 100 milhões do Low para ajudar na libertação do dissidente chinês Guo Wengui dos EUA para a China e para ajudar a interromper as investigações contra o bilionário.
Ainda segundo os promotores, em 2019, após saber das investigações do Departamento de Justiça, Michel mandou cartas para os terceiros pedindo o dinheiro de volta dizendo que era um empréstimo.
Além do próprio rapper, no começo de abril Leonardo DiCaprio também depôs sobre o caso e saiu em defesa da inocência do amigo.
Em uma entrevista exclusiva para o Rolling Stone, Michel disse que não teria motivos para cometer tal crime. “Que benefício eu teria tentando infringir as leis? Não vale a pena para mim. Eu sou como um excluído agora. Tenho amigos que não querem falar comigo porque acham que há um satélite em órbita ouvindo-os.”, desabafou o ex-Fugees.
Nas redes sociais, muitos fãs de Fugees estão indignados com a cooperação de Michel com o FBI.
O rapper brasileiro, Delatorvi, relembrou da diss de Tupac, “Bomb First”, em que ele atacava o grupo Fugees.
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