Reginaldo Silva de Lima pediu licença por três dias. Ele afirma que não consegue dormir nem comer.
Reginaldo Silva de Lima, o porteiro que foi vítima de racismo por parte de um morador de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro, solicitou afastamento do trabalho por três dias por falta de condições emocionais para exercer sua atividade profissional. Ele diz que não consegue dormir nem comer. O caso aconteceu no dia 26 de junho. As informações são do G1.
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O porteiro chamou a polícia após ser ameaçado pelo morador Gilles David Teboul. Ele conta que estava atendendo um hóspede quando Gilles, que é francês, passou e chamou a sua atenção porque a porta do elevador de serviço estava aberta.
“Ele voltou e falou: ‘Seu incompetente. Você não está vendo que a porta do elevador está aberta? Você não tem capacidade para fazer essa função. Seu negro!'”, contou Reginaldo, que também disse que foi agredido e ameaçado de morte pelo morador.
As câmeras do edifício registraram o momento em que Gilles empurra o pescoço de Reginaldo com as duas mãos. Essa não teria sido a única agressão física. “Ele me chamou de negro, macaco, vagabundo. Falou que pela minha cor eu não tinha capacidade de exercer a função de porteiro”, disse Reginaldo.
Uma moradora do condomínio vai testemunhar a favor de Reginaldo, pois viu os ataques acontecerem. “Eu presenciei o morador dando um tapa no seu Reginaldo, no porteiro. E continuou falando: ‘Você é incompetente, você é um preto macaco fedorento, não tem capacidade nem de ser porteiro’. E o seu Reginaldo falando: ‘Eu vou para a delegacia'”, contou a mulher.
O médico deveria ter comparecido à delegacia para depoimento na terça-feira, mas faltou. O advogado dele solicitou que seu cliente seja ouvido na próxima semana.
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