Uma agente de portaria de um edifício em Santa Maria, no Rio Grande do Sul foi agredida por um morador do prédio após permitir a entrada de um oficial de Justiça ao condomínio. O oficial foi ao local para entregar uma ordem de despejo ao agressor, que se irritou com a porteira.
Em entrevista concedida ao G1, a funcionária contou que entrou em pânico no momento da violência e que o homem a insultou com ofensas racistas.
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“Começou a me chamar de negra, que eu não servia para aquele serviço, que, se acontecesse isso de novo, de alguém subir, ele iria quebrar a minha cara. Não era a primeira vez que o oficial de Justiça ia atrás dele”, afirmou a vítima.
De acordo com o relato da vítima, que não se identificou, o oficial de Justiça chegou ao prédio procurando o morador. Ela tentou falar localizá-lo por telefone, mas ele não atendeu. Assim, como é de praxe, o servidor público subiu até o apartamento para intimar o homem, que culpou a vítima pela situação.
“Eu tentei explicar para ele que é regra do condomínio, a gente não pode barrar oficial de Justiça nem polícia. Ele não estava entendendo e disse: ‘Eu não quero saber de polícia na porta do meu apartamento nem oficial de Justiça’. Eu disse que não tinha como barrar”, contou.
A funcionária, casada e mãe de um filho, trabalha há 12 anos no local e afirma nunca ter tido problemas do tipo. “Eu espero que exista justiça para não acontecer isso com as mulheres. A gente sai para trabalhar, deixa filhos em casa. A gente sai para trabalhar porque precisa”, destacou.
O caso é apurado pela Polícia Civil, na Delegacia de Combate à Intolerância de Santa Maria. Conforme a delegada Débora Dias, a investigação deve ouvir, nos próximos dias, a porteira, o síndico do prédio e o suspeito.
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