A chance de desenvolver o câncer de próstata está diretamente relacionada aos fatores de risco da doença. Entre eles está a questão da raça: homens negros têm uma probabilidade maior de apresentar o tumor e morrer dele. Mas o que faz com que haja essa diferença de cenário? Segundo o urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar, a resposta está na genética.
Um estudo publicado na revista científica International Brazilian Journal of Urology reafirmou a prevalência de homens negros apresentarem tumores de alto risco. No trabalho, foram analisados resultados de exames de 9.692 brasileiros com mais de 40 anos da região metropolitana. “Sabemos que o fator genético torna essa população mais suscetível ao câncer de próstata, por isso, é importante ressaltarmos a importância da realização dos exames”, conta o médico.
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Nassar lembra que, no Brasil, pessoas que têm próstata e apresentam algum fator de risco, como a questão da raça, devem realizar as avaliações preventivas com idade anterior a quem não tem nenhum fator que eleve o risco de desenvolver o tumor. “Para este grupo, indicamos que os exames preventivos sejam iniciados a partir dos 45 anos, ou seja, cinco anos antes do restante da população”, explica.
Para seguir com o cuidado citado pelo urologista e conquistar o diagnóstico precoce são realizados, anualmente, os exames de PSA e toque. Em casos de dúvidas, entram em cena a ressonância e a biopsia. Nassar explica que, possivelmente, daqui alguns anos, o exame de toque não será mais necessário pela maior precisão oferecida pela ressonância magnética. Mas enquanto isso não é possível, deixa seu conselho: “é preciso que os homens priorizem a saúde.”
“Muito mais que um alerta somente para a prevenção do câncer de próstata, é necessário ressaltarmos a importância desta parcela da população praticar o autocuidado e reduzir os riscos de diversas doenças, como o infarto do miocárdio que, hoje, é a principal causa de morte entre homens de 40 e 50 anos”, alerta.
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