Uma pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira (17) revelou que pela primeira vez o número de adultos negros com depressão ao longo da vida ultrapassou o número de adultos autodeclarados brancos nos EUA.
Nos EUA, o estudo “Índice Nacional de Saúde e Bem-Estar”, da Gallup, registrou uma superação no número de adultos negros que relataram terem sidos diagnosticados com depressão ao longo da vida em comparação com os brancos, que também foram superados pela população hispânica.
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A pesquisa foi dividida em duas perguntas: “Algum médico ou enfermeiro já lhe disse que você tem depressão?” e “Você atualmente tem ou está sendo tratado para depressão?”. Mais de 5 mil pessoas em todo EUA responderam a pesquisa da Gallup entre 21 a 28 de fevereiro de 2023.
Algum médico ou enfermeiro já lhe disse que você tem depressão?
A população negra adulta registrou 34.4% com diagnóstico de depressão ao longo da vida, em 2017 eram 20%. Hispânicos registraram 31,3%, antes 18,4% em 2017, e brancos 29%, antes 22,3%.
Essa é a primeira vez na história da pesquisa, que teve início em 2015, que o número de brancos que relataram ter depressão foi superado. Historicamente, homens brancos eram os que tinham as maiores taxas
Você atualmente tem ou está sendo tratado para depressão?
Já o número de adultos pretos e pardos que responderam ter ou estar tratando é o menor entre as três etnias. Apenas 15.9%, antes 12,3% em 2017. Já hispânicos ocupam a primeira posição com 18,8%, antes 13%, e brancos 18,2%, antes 14,7%.
Em um contexto geral, mulheres (36,7%) e jovens adultos, entre 18 a 29 anos (34,3%), adultos com menos de 50 anos, entre 30 a 44 anos (34,9%), foram os que registraram as maiores altas nos últimos anos com depressão ao longo da vida. Já entre os homens o número foi de 20,4%.
Outra pesquisa, também da Gallup, revela ainda que 22% dos adultos norte-americanos chegaram a um nível de depressão e ansiedade tão extrema que interromperam suas atividades diárias regulares por duas semanas ou mais.
Uma das causas significativas para este aumento foi a pandemia mundial de Covid-19, que causou o aumento da solidão, exaustão mental, principalmente entre os profissionais de saúde na linha de frente, abuso de substâncias ilícitas e interrupções nos serviços de saúde mental.
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