Policial dos EUA mata mulher negra que chamou agentes para denunciar invasão em sua casa

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Policial dos EUA mata mulher negra que chamou agentes para denunciar invasão em sua casa
Foto: Reprodução

*ALERTA DE GATILHO*

A polícia de Illinois, nos Estados Unidos, divulgou imagens de uma câmera corporal que registrou o policial Sean Grayson, atirando em uma mulher negra, Sonya Massey, 36, que havia chamado o 911 para denunciar um suposto invasor em sua casa. O caso ocorreu no fim de semana do Dia da Independência do país, celebrada no dia 4 de julho, levando a acusações criminais contra o policial envolvido.

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O xerife adjunto do Condado de Sangamon, Sean Grayson, foi demitido e acusado de assassinato e má conduta oficial. Ele se declarou inocente e está detido sem fiança. As imagens divulgadas pela Polícia Estadual de Illinois mostram os policiais gritando para Massey largar uma panela de água fervente enquanto apontam suas armas para ela. O caso começou quando Massey chamou a polícia para sua casa em Springfield, a 320 km ao sul de Chicago, acreditando que alguém havia invadido sua propriedade. Os policiais a seguiram para dentro de sua residência e pediram seus documentos.

A filmagem, divulgada em 22 de julho, mostra os policiais chegando à casa de Massey na manhã de 6 de julho, revistando a frente e o quintal antes de entrar. Dentro da casa, ao se levantar do sofá para tirar uma panela de água quente do fogão, Massey disse aos policiais: “Eu os repreendo em nome de Jesus”. O vídeo mostra o policial ameaçando que atiraria no rosto da mulher antes de disparar dois tiros contra ela.

James Wilburn, pai de Massey, falou à CBS Mornings sobre a dificuldade da família ao assistir às imagens da câmera corporal. Ele afirmou que, até a divulgação do vídeo na imprensa, a família não havia sido informada de que se tratava de um tiroteio policial, acreditando inicialmente que Massey havia sido morta pelo invasor ou por ferimentos autoinfligidos, conforme lhe foi informado inicialmente.

Wilburn disse que a frase de sua filha indicava que ela temia por sua vida, possivelmente sentindo uma premonição. Massey deixou um filho de 17 anos e uma filha de 15, que estão passando por um momento difícil, segundo Wilburn.

Após a divulgação das imagens, o presidente Joe Biden condenou o assassinato de Massey e elogiou a decisão do gabinete do promotor público de Springfield de acusar Grayson de assassinato. Biden destacou a necessidade de medidas para coibir a má conduta policial e instou o Congresso a aprovar o George Floyd Justice in Policing Act.

O advogado da família Massey, Ben Crump, descreveu o incidente como “hediondo” e exigiu justiça para Sonya Massey, denunciando o sistema de justiça como discriminatório. Grayson enfrenta acusações de homicídio de primeiro grau, agressão agravada com arma de fogo e má conduta oficial, e permanece detido no Centro de Detenção do Condado de Menard.

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