Durante as oitavas de final da Copa Sul-Americana entre São Paulo e San Lorenzo, dois argentinos foram presos em flagrante pelo crime de racismo após imitarem macacos e atirarem uma banana em uma banana que acertou uma criança torcedora do São Paulo. O incidente ocorreu hoje no Estádio do Morumbi, na noite da última quinta-feira (10).
O primeiro detido, um torcedor argentino que estava na seção destinada aos visitantes, foi flagrado pelas câmeras fazendo imitando um macaco em direção aos espectadores brasileiros na seção intermediária. Além disso, uma banana foi atirada e atingiu uma criança. O pai da criança relatou o incidente à polícia, apresentando a casca da banana como prova. As autoridades identificaram o agressor por meio de imagens de celular e o detiveram. Ele foi acusado de crime flagrante de racismo.
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Conforme a partida chegava ao fim, a atenção se voltou para a área dos diretores e o camarote VIP do San Lorenzo. Um segundo indivíduo, supostamente um dirigente do clube argentino, foi visto imitando os mesmos gestos ofensivos. Após a eliminação da equipe do San Lorenzo, o segundo homem argentino fez gestos semelhantes a macacos em direção aos torcedores e aos membros oficiais brasileiros. Ele foi detido no local.
O delegado César Saad, do Departamento de Repressão a Intolerância no Esporte (DRITE), ligado ao Departamento de Operações Policiais Estratégicas confirmou as informações em entrevista para o portal UOL. Saad enfatizou que as imagens eram auto-explicativas e, somadas aos depoimentos das vítimas, forneciam provas incontestáveis. “Estão presos em flagrante com base principalmente nas imagens e também no depoimento das vítimas. Daqui serão transferidos para um centro de detenção provisória. Crime de racismo não é passível do pagamento de fiança. Ficam presos e à disposição da Justiça”, afirmou o delegado.
Os dois indivíduos argentinos também serão transferidos para um centro de detenção provisório. “Esses indivíduos estão detidos com base principalmente nas evidências em vídeo convincentes e nos depoimentos das vítimas. Eles serão levados para um centro de detenção temporário e não são elegíveis para fiança devido à natureza do crime. Eles permanecerão sob custódia até que o processo legal seja concluído”, explicou o Delegado Saad.
O processo legal envolverá um julgamento em que os acusados terão o direito a uma defesa robusta. Eles poderão apresentar sua versão dos eventos e serão assistidos por advogados. Representantes do consulado argentino estiveram envolvidos durante todo o processo, fornecendo tradução e apoio.
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