Antes mesmo da diversidade em tons e subtons se tornar comum entre as grandes marcas da indústria de maquiagens, a MAC Cosmetics já vinha inserindo elementos diversos em seus lançamentos.
A empresa, que nasceu em Toronto, no Canadá, diz acreditar e lutar por um mundo antirracista. No Brasil, para além dos diversos tons em seus produtos, a MAC declara como responsabilidade o ato de criar um campo de atuação equitativo para todas as raças, começando com seus próprios funcionários e estendendo-se às comunidades de trabalho.
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“A M·A·C Cosmetics Brasil possui uma das maiores diversidades em itens de maquiagem como bases, pós e corretivos com mais de 280 opções para todos os tons, subtons, tipos e necessidades de pele”,conta Kátia Araújo, artista nacional da MAC Cosmetics Brasil, em entrevista ao MUNDO NEGRO. “Mantemos o compromisso com uma completa gama de produtos que performam na pele negra. Incluindo cuidados com a pele, sombras, blushes e iluminadores com ingredientes que, por exemplo, evitam a aparência acinzentada da pele”.
Kátia conta ainda que, ao longo de toda existência, a marca contribui para a disruptura do padrão de beleza eurocentrado, aumentando o senso de pertencimento e representatividade de cada indivíduo, especialmente dentro da comunidade negra. “A MAC é uma marca com uma presença global massiva, presente em centenas de países e territórios. Ter produtos que atendam a necessidade de todos é uma premissa e deve ser sempre um objetivo a ser perseguido”, conta ela. “Falando de Brasil, por exemplo, onde mais de 50% da população se autodeclara negra (pretos e pardos) a importância de se ter uma variedade de produtos que performam sobre esses rostos e sobre enxergar a todos como consumidores em potencial. Enxergar e considerar suas necessidades individuais e coletivas”.
E os trabalhos vão além de uma extensa gama de tons e cores em seus produtos, projeto também se estende pela parceria com alguns dos maiores criadores negros do mundo. “A diversidade faz parte do DNA da marca, desde quando ela foi criada em 1984, com valores para todas as raças, todas as idades e todos os gêneros. E o nosso compromisso é continuar com essa atitude e colocando em prática, não só nos nossos produtos com extensão de tons e subtons, mas também no time MAC, de que hoje somos 53% dos funcionários negros”, conta Kátia.
Para a MAC, o propósito é que a comunidade negra deixe de ser vista como um nicho de mercado, e passe a ser entendida como um consumidor que deve ser representado por meio de uma comunicação direcionada. “A marca está desenvolvendo parcerias com grupos de criativos negros. Ela contou com o apoio da Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina e com a Mandacaru Consulti, contribuindo na comunicação, diversidade e identidade, para estruturar campanhas de marketing e lançamentos que se comunicassem verdadeiramente com o consumidor negro. Para a campanha da linha Studio Fix, por exemplo, realizamos um trabalho de cocriação com um time de profissionais criativos negros”, finaliza a artista.
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