No dia 25 de julho é celebrado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Teresa de Benguela, líder quilombola do século 18 que lutou contra a escravidão da comunidade negra e indígena.
Para celebrar a data, iniciamos o movimento #JulhoDasPretas e vamos publicar histórias de mulheres da nossa comunidade que inspirem outras pessoas por meio de narrativas positivas. Não importa se as conquistas são pessoais ou profissionais , queremos contar boas histórias.
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Dessa vez, o #JulhoDasPretas é com Aline Barbosa, 31 anos e mãe solo de quatro crianças.
Aline se formou aos 18 anos e junto descobriu uma gravidez não planejada.
As dificuldades:
“Meu sonho de ir em busca de uma vida melhor, me impulsionava em seguir em frente. Quando minha filha tinha 6 meses eu entrei na faculdade de Pedagogia”.
“Comecei a trabalhar aos meus 16 anos em uma empresa de recreação em um shopping, pois eu precisava ajudar meus pais a custear meus gastos para estudar.
Eu cursei magistério, onde eu estudava até as 18:30 e as 19:00 começa a trabalhar no shopping. Foi um período difícil, mas consegui.
Trabalhava o dia todo em uma escola, ia direto para a faculdade, usava quatro ônibus diários e só via minha filha às 23:30 da noite quando já estava dormindo.
Muitas vezes pensei em desistir, mas a lembrança da minha infância onde minha avó dizia que eu sendo uma mulher negra deveria sempre mostrar duas vezes mais que era melhor, não saia da minha cabeça.
Aos poucos percebi que não era essa a profissão eu que queria seguir. Me casei e com a chegada do meu segundo filho, decidi empreender. Vendi docinhos, fiz decoração de festa, abri um salão de festas. Sempre em busca de ter o meu dinheiro e ser “alguém” na vida.
Meu terceiro filho chegou e com ele muitas incertezas na minha vida, muitas dúvidas em qual caminho seguir. Continuei fazendo decorações em festas, mas a cada dia as dificuldades foram aumentando.
Quando engravidei pela quarta vez, me senti envergonhada, triste, sozinha e entrei em um buraco profundo. Não sentia vontade de viver. Foi quando comecei a utilizar o Instagram, e nesta rede social conheci outras mães que passavam pelas mesmas angústias que eu.
Conclusão:
E desde então, comecei a trabalhar como criadora de conteúdo digital. Onde me encontrei profissionalmente e tenho o propósito de representar todas mães e mulheres negras, através do meu ig @maecrespa.
Hoje faço faculdade de marketing digital e estou sempre em uma busca incessante por conhecimento, pois se tem algo que ninguém nos tira é ele.
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