No primeiro dia de 2021, a União Africana abriu oficialmente a Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA). Todos os países africanos, exceto a Eritreia, assinaram o acordo, o que faz desta iniciativa a maior área de livre comércio do mundo desde o estabelecimento da Organização Mundial do Comércio (a AfCFTA visa reunir 1,3 bilhões de pessoas em um bloco econômico de mais de 3 trilhões de dólares).
Esta jornada, que teve início em 1979, mostra que o grupo vem progredindo nos objetivos como continente para cumprir as metas estipuladas pela agenda 2063 da África que Queremos, que tem esses 7 pilares:
Notícias Relacionadas
- Uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável
- Um continente integrado politicamente unido e baseado nos ideais do pan-africanismo e na visão do Renascimento africano
- Uma África de Boa Governança, Democracia, Respeito pelos Direitos Humanos, Justiça e Estado de Direito
- Uma África pacífica e segura
- África com uma forte identidade cultural, patrimônio comum, valores e ética
- Uma África cujo desenvolvimento é impulsionado por pessoas, contando com o potencial oferecido pelo povo africano, especialmente suas mulheres e jovens, e cuidando de crianças
- Uma África como jogadora e parceira global forte, unida, resiliente e influente
Os benefícios desta área comercial são imensos a nível de país independente, bem como a nível continental. Defensores dizem que este bloco vai impulsionar o comércio entre os vizinhos africanos, permitindo ao continente desenvolver suas próprias cadeias de valor. O Banco Mundial estima que pode tirar dezenas de milhões da pobreza até 2035
Para o comércio intra-africano, 90% de todos os bens ficarão isentos de tarifas para todos os países que depositaram os seus instrumentos de ratificação do AfCFTA com o presidente da Comissão da União Africana (CUA). Trinta e seis países já concluíram este procedimento de formalização da adesão.