No próximo sábado, 6 de janeiro, Salvador vai receber o festival Pagode Por Elas, produto da plataforma Pagode Por Elas, que fomenta o protagonismo feminino no pagode baiano. O festival deve ser o primeiro do segmento no Brasil com lineup 100% feminina e contará com apresentações de artistas como: Aila Menezes, A Dama, A Travestis, Rai Ferreira, Dai, Nêssa, A Ninfeta e A Menina.
Depois de uma edição em formato online devido à pandemia, a primeira edição presencial do Festival ‘Pagode por Elas’ será realizado na capital baiana, a partir das 16h, no espaço de eventos Trapiche Barnabé. Os ingressos para o evento podem ser adquiridos através da plataforma Shotgun. Além dos shows completos, o festival contará com as participações especiais de A Braba e A Poderosa, além das apresentações das Dj’s Tia Carol e Paulilo.
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“O Festival é a concretização de um sonho, mas também um primeiro passo para algo maior que a gente tem buscado construir, com mais eventos, mais lugares de protagonismo que fomentem a geração de renda, o trabalho realizado por mulheres dentro dessa cena musical e no mercado da música como um todo”. destacou Beatriz Almeida, cofundadora e gerente de projetos da Pagode Por Elas.
A plataforma ‘Pagode Por Elas’ foi criada por Beatriz junto com Joyce Melo, em 2019, para o trabalho de conclusão de curso da faculdade de jornalismo. Na época, ela sequer poderia imaginar no grande projeto que fariam juntas nos anos seguintes. A falta de cantoras no cenário do pagode baiano foi o start para a pesquisa acadêmica que virou negócio com uma missão: construir a nova década do pagodão com mulheres protagonizando a cena. Os resultados em 4 anos de empresa são inquestionáveis: selo musical, formações, produção artística de shows, registros em audiovisual, gravação de EP, indicação a prêmio e, finalmente, a criação do festival de música.
Uma das artistas a se apresentar no festival, Nathalia Araújo, conhecida como A Ninfeta, destacou a importância do festival para que mulheres tenham mais visibilidade no pagode baiano: “O pagodão sempre foi um ritmo majoritariamente composto por homens cis e heterossexuais. Fazer parte dessa revolução e desse movimento que está acontecendo no pagodão sendo uma mulher e sendo uma mulher trans, é resistência, é gratificante, é incrível em todos os aspectos. É revolucionário”, disse.
“É a primeira vez que um espaço é dado para mulheres dentro desse gênero musical expressarem o seu talento e sua arte, com protagonismo e visibilidade. Por isso deixamos esse convite tão forte, para que as pessoas fortaleçam e compareçam ao Festival Pagode por Elas, porque é o nosso pagodão, e dessa vez a partir de uma nova lente de gênero, com essa narrativa feita e composta por mulheres”, finaliza Joyce Melo, diretora executiva e cofundadora da Pagode Por Elas.
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