Onda de calor no Brasil expõe desigualdades: veja dicas essenciais para enfrentar temperaturas extremas nas periferias

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Onda de calor no Brasil expõe desigualdades: veja dicas essenciais para enfrentar temperaturas extremas nas periferias
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Enquanto o Brasil enfrenta uma das maiores ondas de calor dos últimos anos, cidades do sudeste como São Paulo e Rio de Janeiro vivem realidades térmicas que refletem desigualdades urbanas e sociais. Em São Paulo, a diferença de temperatura entre bairros pode chegar a até 14,8°C em dias extremos, com as periferias sofrendo mais devido à falta de áreas verdes e à alta concentração de concreto. Dados do jornal O Globo mostram que, nesta segunda-feira (16), o bairro do Butantã registrou 40°C, enquanto o Ipiranga marcou 33°C. Já no Rio de Janeiro, o calor intenso levou a prefeitura a ativar o Nível de Calor 4, com temperaturas acima de 40°C por mais de quatro horas, aumentando em 50% o risco de mortalidade entre idosos, segundo estudo da Fiocruz.

Essa disparidade térmica não é apenas climática, mas também social. Em São Paulo, bairros periféricos como Tucuruvi, Penha e Tremembé são os mais afetados pelo efeito de ilha de calor, enquanto áreas centrais e mais arborizadas, como o Ipiranga, registram temperaturas mais amenas. No Rio, as Ilhas de Calor Urbano impactam diretamente a saúde da população, especialmente em áreas menos favorecidas.

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O calor intenso não é apenas um incômodo, mas uma ameaça à saúde, principalmente para idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. No Rio de Janeiro, o estudo da Fiocruz mostrou que o Nível de Calor 4 está associado a um aumento de 50% na mortalidade por causas naturais entre idosos. Em São Paulo, a Defesa Civil emitiu alertas para temperaturas que podem chegar a 38°C, recomendando cuidados especiais para evitar desidratação, insolação e outros problemas de saúde.

Diante desse cenário, é essencial adotar medidas para proteger a população, especialmente nas periferias, onde o calor é mais intenso e os recursos são mais escassos. Confira as principais recomendações para enfrentar o calor extremo:

  1. Hidrate-se constantemente: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede. Evite bebidas alcoólicas e com cafeína.
  2. Evite o sol entre 10h e 16h: Esse é o período de maior intensidade do calor. Procure caminhar por áreas sombreadas.
  3. Use roupas leves e claras: Tecidos como algodão facilitam a transpiração e ajudam a manter a temperatura corporal.
  4. Proteja-se do sol: Use chapéus, bonés, óculos escuros e protetor solar.
  5. Mantenha os ambientes ventilados: Deixe janelas abertas e use ventiladores ou ar-condicionado, se possível.
  6. Cuidado redobrado com crianças e idosos: Certifique-se de que estejam hidratados e em locais frescos.
  7. Evite atividades físicas intensas: Principalmente ao ar livre e em horários de pico de calor.

O Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) informou que o clima quente deve continuar em diversas áreas do Sudeste do país, em especial no estado de São Paulo, Minas Gerais; no sul do Espírito Santo e no nordeste do Paraná, além do Rio de Janeiro.

Enquanto as ondas de calor se tornam mais frequentes e intensas, a conscientização e a adoção de medidas de proteção são fundamentais para reduzir os impactos na saúde, especialmente nas periferias. O calor extremo é uma questão de saúde pública que exige ação imediata. Proteja-se e ajude a proteger quem está ao seu redor.

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