As religiões afro-brasileiras são as mais perseguidas. Seus templos e adeptos constantemente aparecem na mídia vítimas de violência nem sempre atendida de forma satisfatória pela justiça brasileira. E a intolerância religiosa é o tema do projeto Ocupação Preta que acontece neste final de semana em São Paulo.
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Confira a programação:
15h – Espetáculo de Dança “Ilé Ti Örun” (Casa do Céu)
É um espetáculo musical cuja construção cênica e coreográfica baseia-se nas qualidades dos orixás e seus arquétipos. Baseado no livro ‘Mitologia dos Orixás’, de Reginaldo Prandi (sociólogo e escritor), são representados vários momentos das estórias dos Orixás, ultrapassando a relação da movimentação de suas danças e permeando essas estórias. A encenação traz os orixás Exú, Ogum, Odé, Oyá, Yemanjá entre outros.
17h – Roda de Conversa “Intolerância Religiosa”
Cintia Sampaio: Kota do Abassa Oxum Oxossi, Sambasile (nome tradicional) é integrante do KOFILABA, coletivo que realiza ações pela preservação e continuidade da Tradição de Matriz Africana e Cultura Negra no Brasil. Radialista, Documentarista e Pesquisadora, atua em projetos sociais e culturais, onde desenvolve ações de valorização da Ancestralidade Africana e Afrobrasileira, e de combate ao racismo.
José Morelli: Cursou filosofia e teologia em seminário católico. Foi professor de Latim e Filosofia Social por três anos. Formado em Psicologia desde o início da década de 80, vem atuando profissionalmente na área como psicólogo clínico. Desde 2002, participa da Comissão da Festa do Rosário da Penha, evento que resgata a importância do patrimônio em que se constitui a Igreja dos Homens Pretos, bem como a presença histórica dos afros descendentes, no bairro e na cidade de São Paulo.
Makota Umbambure: Nasceu e cresceu dentro do Abassa Dandalunda da nação de Angola Tombenci na região da Penha, religião candomblé, confirmada como Makota, mais conhecida como Makota Umbambure. É bacharelada em biblioteconomia e atualmente faz parte do grupo de bibliotecarias da Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo. Tem experiência e vivência com a intolerância religiosa e é conhecida por ser uma pessoa de opinião forte e por não aceitar injustiças dentro da religião.
Luiz Anastácio: É diretor do Grupo Ewé – grupo de aprendizado da cultura afro-brasileira para fins artísticos, que conta com estudos de danças, músicas, literatura e costumes brasileiros com influência africana – e idealizador do ÀWÁRÍ – Seminário de Cultura Popular de Matrizes Africanas. Artista, bailarino e professor titular da cadeira de danças brasileiras da ETEC de Artes, formado em dança, prossegue seus estudos na área de sociologia onde desenvolve sua dissertação de mestrado sobre danças dos orixás na Universidade de São Paulo.
18h30 – Penharol: Lançamento do Disco “Black General” do Lillo de La Zikas.
Compositor, cantor e interprete, nasceu na Coab II, zona leste de São Paulo. Filho de pais cristãos, era proibido de tocar músicas que não fossem da igreja, aos 5 anos de idade, saía escondido de casa para tocar caixa na quadra da Leandro de Itaquera. Ao longo da adolescência, participou de quatro formações de grupos de samba. Aos 16 anos, formou sua primeira banda de reggae “JáhGas” e, logo depois, se tornou vocalista de uma das melhores bandas de reggae da época, “Mistica Natural”.Foi um dos fundadores do Projeto “Dub in Session”, passou por diversas bandas como Kascoskaus, Amarelofolha e Xámaica. Em fevereiro de 2012 começou a gravação do seu primeiro CD solo.
20h – Show com o Grupo Cultural “Ilu Oba de Min”
Bloco Afro Ilú Oba De Min é um bloco composto exclusivamente por mulheres e desde 2005 sai às ruas de São Paulo celebrando a cultura afro-brasileira e destacando a participação das mulheres no mundo. Rainha Nzinga, Leci Brandão (que é madrinha do bloco) e Raquel Trindade foram algumas das homenageadas nos anos anteriores. É uma grande intervenção cultural que promove a cultura popular e a participação ativa da mulher na sociedade através da arte. Traz também para região urbana a dança e os cantos dos terreiros do Candomblé e de diversas manifestações da cultura negra, como o maracatu, batuque, coco, jongo, entre outras.
Serviço:
OCUPAÇÃO PRETA
Quando: dia 29 de Agosto de 2015, a partir das 15h00
Onde: Centro Cultural da Penha (Largo do Rosário, 20, zona Leste de São Paulo). Quanto: ENTRADA FRANCA. Informações: 11 – 2295-0401
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