O Menino que Descobriu o Vento é baseado na história real do malawiano William Kamkwamba. O filme constrói uma longa ponte de contextualização e explicações para o título, que torna-se uma realidade.
[Contém Spoiler]
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Desde o começo podemos observar o descaso do governo com o povo. O governo promete riqueza e alimentação, mas logo ao assumir, desmata as terras. Com poucas árvores, as enchentes tomam conta das plantações e a colheita para os dias de seca não acontece, deixando o povo na miséria. Parte da população se sente enganada, sem dinheiro, sem um governo que olhe para as minorias e sem ter o que comer.
Passada as eleições, o presidente retorna ao vilarejo para agradecer os votos e mascarar a fome. O líder da comunidade, então, o desmente e diz para toda a população que nada do que foi prometido está sendo cumprido. Descontente com a oposição o presidente manda seus capangas acabar com a vida do velho líder do vilarejo.
Todo aquele que vai contra o governo, é punido.
De forma breve e muito mais superficial do que o próprio filme, digo: a estrela do filme é o pequeno William Kamkwamba que buscou ensinamento nos livros. Foi escondido a única e pequena biblioteca da comunidade. Passa-se mais de um uma hora e meia de filme e William ainda está em busca de construir o seu projeto que dá nome ao filme. A narrativa detalhista evidencia as relações familiares e principalmente a estima de perseverança independente da pouca credibilidade de um menino de 13 anos perante os adultos. William, provou para o pai e todo o vilarejo que ele poderia trazer água e consequentemente, comida. Foi contra o governo e até mesmo contra o seu pai.
Munido apenas de livros, descobriu o vento, trouxe água e vida ao vilarejo. Provou que só a educação salvará o mundo. O filme está disponível no catalogo da Netflix, confira o trailer:
(Qualquer semelhança com o atual governo, não é mera coincidência).
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