Na última sexta-feira (18), o lançamento de Niquinho, Bandolim de Ouro do Brasil marcou a concretização de um projeto que levou 19 anos para se materializar. Idealizado pelo bandolinista e cavaquinista Agnaldo Luz, o álbum celebra a vida e a obra de Amaury Nunes, conhecido como Niquinho, um bandolinista carioca de grande talento, porém pouco reconhecido pelo público em geral.
O disco, que traz 13 faixas, foi disponibilizado gratuitamente em todas as plataformas digitais no dia 18 de outubro, enquanto a apresentação ao vivo ocorre amanhã (20) no Centro Cultural Vila Itororó, em São Paulo, de forma gratuita, às 11h. O projeto é resultado de uma extensa pesquisa conduzida por Agnaldo Luz, que mergulhou na obra de Niquinho ao longo de quase duas décadas.
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Durante esse período, Luz contou com o apoio de familiares e amigos próximos do bandolinista, incluindo sua esposa, Dona Cenira, que contribuiu com partituras inéditas que compõem o álbum. Entre as 13 faixas do disco, 12 são composições de Niquinho, e uma é inédita, criada pelo próprio Agnaldo Luz. O repertório inclui tanto regravações de obras clássicas do músico quanto quatro faixas inéditas, preservadas até então e cedidas exclusivamente para o projeto.
Natural do Rio de Janeiro, Niquinho teve uma participação ativa no movimento do choro carioca, destacando-se como instrumentista e compositor. Mesmo sem o devido reconhecimento durante sua vida, o artista fez parte de gravações históricas e colaborou com grandes nomes da música brasileira, como Carlos José, Silvio Caldas, Candeia, Roberto Ribeiro e o Grupo Fundo de Quintal. Além do choro, sua produção artística abrange uma diversidade de gêneros, incluindo samba, bolero, xote, forró e balada, com canções gravadas por nomes de peso como Elis Regina, Clara Nunes, Roberto Carlos e Elza Soares.
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