Nigerianos são resgatados no leme de navio na Costa Brasileira após 14 dias de viagem

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Nigerianos são resgatados no leme de navio na Costa Brasileira após 14 dias de viagem
Foto: Reprodução | TV Globo

No último domingo (16), o Fantástico divulgou cenas exclusivas de um resgate de quatro nigerianos pela Polícia Federal no Espírito Santo. Eles viajaram por 14 dias no leme de um navio da África até a Costa Brasileira em um compartimento com apenas 3 metros.

Eles foram encontrados pela PF na última segunda-feira (10) após Roman, um dos refugiados, gritar por ajuda. Eles disseram aos agentes que estavam há três dias sem beber água. Eles receberam água e comida antes de serem resgatados e a operação durou 40 minutos.

“Eles informaram que já estavam há pelo menos três dias sem água num local insalubre, úmido, frio, a noite, quente durante o dia. Eles podem também eventualmente cair daquela estrutura no meio do oceano, o que seria fatal”, disse o agente Rogério Lages que fez o resgate.

Os quatros viajaram por cerca de 14 dias em um compartimento de três metros de largura e três de comprimento, semelhante ao espaço de uma caixa d ‘água. Eles informaram que passaram a maior parte do tempo dentro da máquina do leme, que serve de manutenção, e que de manhã fazia muito calor e de noite muito frio.

Eles relataram que estavam em busca de um “futuro melhor para minha família e para mim”. Roman falou ao Fantástico que tinham sorte de estarem bem. “Você fica com medo porque a água é forte e o barulho do motor… Você só pede a Deus para te proteger, você não pensa em mais nada. Era um lugar perigoso e arriscado, todo mundo estava com medo. Temos sorte de estar bem”, contou o refugiado.

Após o resgate, a seguradora do navio ficou responsável pelos refugiados. Dois deles decidiram voltar para a Nigéria, com tudo pago pela seguradora, enquanto Roman e Matthew, outro refugiado, passaram alguns dias em um abrigo em Grande Vitória, Espírito Santo, e depois foram para São Paulo, onde serão acolhidos por uma missão da Igreja Católica. A Defensoria Pública da União fez uma solicitação de refúgio para os dois.

“Eles estavam muito debilitados em razão da falta de água, da falta de alimentos, mas não apresentavam nenhum tipo de doença aparente e foram encaminhados para um hotel, receberam alimentação e foram hidratados”, contou o delegado e superintendente da Polícia Federal do Espírito Santo.

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