Texto: Sauanne Bispo
Nigéria, a maior economia do continente africano e segunda maior produtora de audiovisual do mundo, passará a proibir campanhas publicitárias com a presença de pessoas estrangeiras, sendo o primeiro país do mundo a adotar uma lei como esta.
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Segundo o Ministério Federal da Informação e Cultura da Nigéria e a ARCON (sigla para Conselho Regulador de Publicidade da Nigéria), “todos os anúncios, publicidade e materiais de comunicação de marketing direcionados ou expostos no espaço publicitário nigeriano devem usar apenas modelos ou dubladores de origem nigeriana”.
As atuais campanhas com não-nigerianos poderão permanecer em exposição até o final do prazo previamente estipulado, mas a partir de 1 de outubro, o país não mais permitirá novas campanhas em que não estrelam artistas nigerianos.
Com 200 milhões de habitantes, esta norma associa-se ao movimento de representatividade na mídia, onde a presença de sotaque britânico e pessoas não negras é estipulada em 50%, apesar de o país ter previamente passado a cobrar tarifas de cerca de US$240 por modelo ou locutor estrangeiro nas campanhas do país. Tal medida também segue o plano de desenvolvimento do governo, que visa dar visibilidade aos talentos locais e movimentar a economia do país através da geração de emprego e renda decorrentes das contratações de nigerianos.