Mundo Negro

Nem Maju, nem Iza: Não tem nenhum negro entre as top personalidades mais influentes do Brasil

E no país mais negro fora da África quem colhe os louros da fama e influência são as pessoas brancas. Obviamente se repete um padrão estabelecido desde sempre, no país das apresentadoras infantis com fenótipo dinamarquês.

O triste é ver que mesmo com a democratização da tecnologia, onde a Internet já com uma das principais formas de acesso ao conteúdo, ou seja, de casa e com um celular, qualquer um (teoricamente) pode ficar famoso, ainda assim, o padrão de quem os brasileiros seguem e apoiam é branco.

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Esse fato faz com que a publicidade invista muito, mas muito dinheiro nas pessoas mais citadas em pesquisas como a “Most Influential Celebrities”, realizada no Brasil pela Ipsos pela segunda vez.  Cerca de 1000 pessoas acima de 16 anos foram entrevistadas .

Ao perguntarem quais personalidades são mais famosas, a pesquisa considerou a popularidade, ou seja, o conhecimento da audiência a respeito daquele artista. A Influência, foi medida como o poder daquele artista de promover mudanças e influenciar comportamentos, como explicou Cintia Lin, diretora da Ipsos ao Meio & Mensagem.

Na pesquisa, celebridades são os nomes que participaram recentemente de novelas e de campanhas publicitárias, a quantidade de seguidores nas redes sociais e quão frequente é sua presença na mídia.

Confira a lista com os cinco nomes mais citados:

Celebridades mais conhecidas:
1- Rodrigo Faro
2- Juliana Paes
3- Luciano Huck
4- Ana Maria Braga
5- Ivete Sangalo 

Celebridades mais influentes
1- Evaristo Costa
2- Paulo Gustavo
3-Ivete Sangalo
4- Paolla Oliveira
5- Juliana Paes

Cabe um mea culpa? Ou seja, a comunidade negra tem uma parcela de culpa nesse tipo de resultado? Não e sim.

Não, porque toda lista de popularidade onde rostos negros estão ausentes é um reflexo do racismo estrutural. Érico Brás, Ludmilla, Iza, Lázaro e Taís, Glória Maria, Maju Coutinho, sem dúvida são nomes de grande impacto do ponto de vista da influência e não tem como não racializar isso.

Todavia precisamos apoiar os nossos mesmo quando o ingresso é caro, o programa não é perfeito, o produto assinado com nome dele ou dela tem um valor pouco acima da outro marca. É literalmente o preço a ser pago para chacoalhar as estruturas.

Se não apoiarmos, compartilharmos, repercutirmos o que os nossos fazem, esses rostos ricos, famosos e influentes sempre serão brancos.

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