Mundo Negro

Naruna Costa vive uma ativista ambiental no filme ‘Além de Nós’: “Tema urgente a ser tratado no Brasil”

Foto: Atama Filmes

Estrelado pela premiada atriz Naruna Costa, Thiago Lacerda e Miguel Coelho, o filme “Além de Nós” chega nos cinemas de todo o país nesta quinta-feira (23).

Na trama, Naruna interpreta a personagem Ana, uma ativista na defesa da vida e do meio ambiente. É uma mulher de personalidade forte e independente, completamente diferente dos protagonistas Arthur e Leo, tio e sobrinho sob criações machistas na família.

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“[Ana] traz ao enredo um valor político e social muito forte, relacionado às questões ambientais. Tema urgente a ser tratado no Brasil. Ela desenvolve essa questão de uma forma muito bonita e potente no filme”, conta Naruna Costa em entrevista para o Mundo Negro.

Naruna Costa e Thiago Lacerda em ‘Além de Nós’ (Foto: Atama Filmes)

Leia a entrevista abaixo:

Quem é a Ana e qual será a sua importância dentro da trama?

A Ana é uma ativista ambiental, bióloga marinha. A importância dela na trama é muito valiosa, porque, além de criar uma relação direta com as personagens Leo e Arthur, ela os salva de uma situação perigosa no filme. Dá acolhimento, escuta e direcionamento. Ela ainda traz ao enredo um valor político e social muito forte, relacionado às questões ambientais. Tema urgente a ser tratado no Brasil. Ela desenvolve essa questão de uma forma muito bonita e potente no filme.

O que diferencia Ana dos personagens vividos por Thiago Lacerda e Miguel Coelho? 

A personalidade. Ela tem um impulso que é vertical e não horizontal. Ela aprofunda e está enraizada na luta ambiental. Isso reverbera em outras ações e inspira e conecta eles de uma forma muito especial e emocionante.

A atriz e ativista cultural Naruna Costa aprende questões ambientais com a personagem Ana (Foto: Atama Filmes)

Para além do seu trabalho com atuação e direção, também tem o seu reconhecimento como ativista cultural. Como você encarou essa conexão com a personagem? 

Encarei da forma mais porosa possível. Eu queria aprender com a Ana. Algo me une a ela, no sentido de ter o objetivo de relacionar nossos ofícios às nossas lutas, mas, por outro lado, em áreas muito diferentes. O que é maravilhoso! 

Ela é bióloga, uma cientista. Foi bonito aprofundar com ela as questões ambientais, relacionadas especialmente às águas e aos oceanos. Eu saí transformada.

O que o público pode esperar do filme? 

O filme tem um potencial maravilhoso de trazer muitas sensações e reflexões ao público. Ele vem com algumas metáforas. A questão da ancestralidade, a importância das nossas conexões e dos pactos familiares, mas também a importância de estar no mundo e rever os nossos caminhos e entender que nem tudo é como a gente espera. E a gente estar disposto a encarar as dificuldades e se modificar a partir delas. E melhorar. Acho que o filme tem alguns recados sociais importantes, né? Acho que cada encontro das personagens vai ampliando essas camadas. Além das questões psicológicas sobre abandono e solidão. Enfim, acho que é um filme que pode trazer, repito, muitas camadas e sensações para a plateia e eu espero que sejam as melhores possíveis.

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