“Não, não tem nada a ver com o racismo, cara. Racismo no futebol é tratado de uma coisa totalmente diferente”, afirmou Vanderlei Luxemburgo em entrevista ao podcast de Benjamin Back, negando que o preconceito racial esteja por trás das críticas e agressões enfrentadas pelo jogador brasileiro Vinícius Júnior. Para Luxemburgo, o atacante do Real Madrid é alvo de perseguição em campo, mas essa situação ocorre por conta de atitudes que o próprio jogador adota e que, segundo o técnico, provocam reações mais agressivas dos adversários.
“Ele se irrita com a porrada como se fosse uma perseguição por ele ser preto”, declarou o técnico ao comparar Vinícius a outros ícones do futebol, como Pelé. Luxemburgo acredita que a intensidade e os choques no futebol fazem parte do jogo e que Vinícius deveria lidar melhor com os contatos físicos e críticas, sem enxergá-los como episódios de racismo. Para sustentar seu ponto de vista, ele menciona que jogadores do passado enfrentaram situações de violência em campo sem atribuí-las à discriminação racial.
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O treinador também trouxe exemplos específicos para ilustrar sua crítica, alegando que Vinícius contribui para a “perseguição” que enfrenta ao agir de maneira provocativa. “Por exemplo, tem uma imagem que patenteia muito isso aí: o Borussia Dortmund devolve a bola para ele com educação, e ele pega a bola e joga no chão, ironizando o adversário”, disse Luxemburgo, enfatizando que essas atitudes inflamam o jogo e geram reações dos oponentes.
As declarações de Luxemburgo provocaram reações e reacenderam o debate sobre racismo no futebol. Em contraste com sua visão, especialistas e ativistas antirracistas apontam para a complexidade racial nos casos envolvendo Vinícius Júnior, que têm gerado um amplo movimento global contra a discriminação racial no esporte. Para muitos, as falas do técnico relativizam as questões raciais no futebol e ignoram o contexto de preconceito enfrentado por atletas negros.
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