Governo de Belém volta atrás sobre sua “lógica escravocrata”

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Governo de Belém volta atrás sobre sua “lógica escravocrata”

Zenaldo Coutinho (PSDB), prefeito de Belém, havia anunciado na quarta-feira (6) que a atividade de empregadas domésticas é considerada essencial durante a pandemia do novo Coronavírus, o que permitiria que trabalhadores com esta tarefa continuem atuando.

Após críticas quanto a classificação dos serviços domésticos como essencial no decreto de lockdown, o Governo do Pará publicou em edição extra do Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (7), que o serviço foi restringindo e somente contempla cuidadores.

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“O prefeito Zenaldo de Belém incluiu as trabalhadoras domésticas nos serviços essenciais tirando delas o direito de cuidar de seus filhos e de suas mães e isso é gravíssimo. Mulheres pretas e periféricas são quem carregam esse país nos braços. Chega, liberem as domésticas!”, escreveu Gaby Amarantos, cantora nascida em Belém.

 

A informação foi comunicada durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A decisão do prefeito tem como base um decreto estadual assinado pelo governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), que entrou em vigor ontem (decreto nº 729). A capital paraense, segundo o mesmo decreto, estará sob lockdown — suspensão total de atividades não essenciais — entre os dias 7 e 17 de maio.

Em outro tuíte, Gaby, chama a decisão de “lógica escravocrata”.

A decisão de Zenaldo é exemplo claro de que a Casa-grande ainda mantém seu pensamento escravocrata no Brasil.

No twitter, outras pessoas também criticaram a declaração do prefeito:

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