Valeu muito a pena assistir à premiação da 91ª edição do Oscar. Apesar de Pantera Negra levar 3 dos 7 prêmios que havia sido indicado, ver duas mulheres negras com a estatueta dourada na mão, Ruth Carter, por melhor figurino, e Hannah Beachler por Melhor Design de Produção (primeira negra a levar o prêmio) foi algo bem simbólico e importante, porque entendemos que valorizar a diversidade é reconhecer também quem lidera atrás das câmeras. O filme ainda levou o prêmio de melhor trilha sonora principal, recebido pelo colega de quarto da faculdade do diretor Ryan Coogler, Ludwig Göransson .
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Regina King (Se a rua Beale falasse) e Mahershala Ali (Green Book) levaram a premiação de melhores atores coadjuvantes. Homem Aranha no Aranha verso, dirigido por um diretor negro Peter Hersey e protagonizado pelo afro-latino Miles Morales, foram outros momentos para serem celebrados por quem, como a atriz Issa Rae, torce para todo mundo que é negro.
Mais o momento mais emocionante da noite ficou por conta do Oscar de melhor roteiro adaptado por Infiltrados na Klan para Spike Lee
Samuel L. Jackson não poupou a emoção e até deu um berro ao anunciar que o vencedor do prêmio, era Lee, seu amigo de longa data.
Spike Lee nunca havia ganhado um Oscar tendo recebido da Academia apenas um prêmio honorário, em 2016.
Seu discurso na noite de domingo foi muito consciente do ponto de vista racial, mas o mais bonito foi a gratidão aos que vieram antes dele, que estava vestido em homenagem ao canto Prince. Confira:
“Hoje é 24 de fevereiro, o mês mais curto do ano. Também é o mês do ano da história negra. 1619… Há 400 anos nós fomos roubados da África e trazidos para a Virginia, escravizados. A minha avó, que viveu até 100 anos de idade, apesar de sua mãe ter sido escrava, conseguiu se formar. Ela viveu anos com seu seguro social, e conseguiu me levar para a universidade NYU. Diante do mundo, eu gostaria de reverenciar os ancestrais que construíram esse país, e também os que sofreram genocídios. Os ancestrais que vão ajudar a voltarmos a ganhar nossa humanidade. As eleições de 2020 estão chegando, vamos pensar nisso. Vamos nos mobilizar, estar do lado certo da história. É uma escolha moral. Do amor sobre ódio. Vamos fazer a coisa certa”.
Green Book levou o Oscar de melhor filme, mesmo com uma grande polêmica por trás da distorção da biografia de Don Shirley.
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