Mundo Negro deixa de publicar no ‘X’ devido à desinformação nociva da plataforma de Elon Musk

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Mundo Negro deixa de publicar no ‘X’ devido à desinformação nociva da plataforma de Elon Musk
Foto: Eric Lee/NYT

O site Mundo Negro anuncia a seus leitores que está deixando de produzir e compartilhar conteúdos para a rede social ‘X’, antigo Twitter.
A decisão segue outros veículos jornalísticos de reconhecimento mundial, como Le Monde e The Guardian, que também decidiram deixar a rede social por conta da quantidade de desinformação e de conteúdos nocivos que são publicados sem qualquer tipo de moderação, favorecendo que crimes como racismo e lgbtfobia sejam cometidos, além do compartilhamento massivo de conteúdos misóginos divulgados por usuários mal intencionados da rede.

Outro fator determinante também se dá pelo resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos e do anúncio de que Elon Musk, dono do X, fará parte do governo de Donald Trump. Musk gerou polêmica ao fazer um gesto ligado a uma saudação nazista durante um evento que o anunciava como parte de um grupo de apoio do governo dos EUA: “Produzir conteúdo para uma rede social é contribuir para a sua relevância. Essa plataforma já foi abandonada por marcas e muitos veículos importantes. As recentes atitudes de Elon Musk me levam a crer que não é inteligente manter uma estratégia de comunicação que alimente qualquer coisa que ele possua, especialmente considerando quem somos e para quem escrevemos”, afirmou Silvia Nascimento, CEO e editora-chefe do Mundo Negro.

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O veículo deve permanecer nas outras redes sociais, como TikTok e nas redes da Meta, mas manterá um olhar atento e vigilante para as próximas decisões tomadas por Mark Zuckerberg, CEO da empresa que controla Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, que recentemente demonstrou seu apoio à Donald Trump e aos ideais do presidente dos EUA contra políticas de diversidade e inclusão.

Em uma decisão recente, a Prefeitura de Paris, liderada por Anne Hidalgo, também anunciou que deixaria de usar a rede social de Musk a partir do dia 20 de janeiro com objetivo de encontrar “espaços pacíficos de expressão”, reforçando seu “compromisso com a veracidade da informação”.

O jornal francês Le Monde também acompanhou a debandada, justificando em um editorial, escrito pelo diretor, Jérôme Fenoglio, que a atitude se dava pela “crescente toxicidade” da rede, além de escrever que: “também redobraremos a nossa vigilância em diversas outras plataformas, em particular o TikTok e as da Meta [dona do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp], depois das preocupantes declarações de Mark Zuckerberg”, dizia o texto.

Em novembro de 2024, o jornal britânico The Guardian comunicou aos leitores que deixaria de produzir conteúdo para o X, afirmando: “Isso é algo que temos considerado por um tempo, dado o conteúdo frequentemente perturbador promovido ou encontrado na plataforma, incluindo teorias da conspiração de extrema direita e racismo. A campanha eleitoral presidencial dos EUA serviu apenas para sublinhar o que consideramos há muito tempo: que X é uma plataforma de mídia tóxica e que seu proprietário, Elon Musk, tem sido capaz de usar sua influência para moldar o discurso político”.

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