O conselho da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) aprovou nesta última quinta-feira (15), em unanimidade, o título de Doutora honoris causa à ativista LGBTQIA+ Keila Simpson, 57, presidente da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). O feito é histórico. Keila se torna a 1ª travesti do Brasil com a honraria em questão. “Os agradecimentos são muitos e não queria nominar aqui para não incorrer e deixar ninguém sem os devidos agradecimentos”, celebra ela.
A qualificação é atribuída a personalidades, nacionais ou estrangeiras, que se destacam por contribuições singulares à cultura, educação ou cidadania. Mulher negra, Keila é pioneira no combate ao HIV e luta pelos direitos das pessoas trans e travestis que enfrentam o preconceito e as discriminações em todos os setores da sociedade. Ela foi presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT em 2013, ano em que recebeu da então presidenta Dilma Rousseff o Prêmio Nacional de Direitos Humanos pelos relevantes serviços prestados à população LGBTQIA+ do Brasil.
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“Essa foi uma batalha gerada no ventre das travestis”, diz Keila. “Os agradecimentos então seguem para UERJ e a todas a sua equipe de professoras empenhadas nessa jornada. Sigo agradecendo as inúmeras mensagens recebidas dos muitos amigos, conhecidos e colegas de trabalho e luta. A lista é grande, mas darei um jeito de alocar todo mundo no discurso de outorga. Obrigada a ANTRA também por me permitir atuar e me dar a liberdade para conduzir as suas bandeiras. Aqui é a metade do caminho. A máxima “nossa vingança é envelhecer” foi atualizada com sucesso. Obrigada“.
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