Movimentos negros se juntaram para colocar outdoors na Nova Délhi, Índia, pedindo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar uma ministra negra ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lula chegou nesta sexta-feira (08) na capital indiana onde acontecerá no final de semana a reunião do G20, com os principais chefes de Estado e diplomatas do mundo.
Os outdoors estão espalhados pela principal via de saída do aeroporto de Nova Délhi como forma de pressionar o presidente e ganhar visibilidade para a causa. Neles estão escritos “em 132 anos, o Brasil nunca teve uma mulher negra no STF”, “presidente Lula, contamos com você para indicar uma mulher negra para o STF” e “os votos de mulheres e negros foram essenciais para a eleição de Lula em 2022”.
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A ação faz parte da campanha “Ministra Negra no STF”, assinada pela ONG Nossas, Coalizão Negra por Direitos, Instituto de Defesa da População Negra (IDPN), Instituto Marielle Franco, movimento Mulheres Negras Decidem, entre outros, que lutam pela indicação de uma ministra negra no STF no lugar da Rosa Weber, que se aposenta em outubro.
“A gente acha importante que esse apelo chegue no contexto do G20, já que se espera que o presidente vá abordar a questão da desigualdade, da fome, do clima. Tudo isso tem a ver com um posicionamento mais consistente sobre o enfrentamento das injustiças no Brasil, e a gente sabe que o STF tem um papel decisivo nessas questões”, disse a ex-deputada Áurea Carolina, diretora-executiva do Nossas.
Além dos outdoors, foi lançado o site ministranegranostf.com.br com objetivo da população pressionar o presidente. No site é possível enviar um e-mail diretamente para o presidente em apoio a causa.
Segundo o levantamento da campanha, em 132 apenas quatro homens negros chegaram ao STF e nenhuma mulher negra.
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