Em meio às denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, que, segundo informações do Metrópoles, já eram conhecidas por pelo menos quatro ministros do governo e auxiliares diretos de Lula, o movimento Mulheres Negras Decidem divulgou uma nota pública em apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Esses ministros relataram ter ouvido relatos sobre o suposto comportamento inapropriado de Almeida em relação a Anielle.
“Reiteramos nossa solidariedade à Anielle Franco, segunda mulher a ocupar a maior posição ministerial no Ministério da Igualdade Racial, órgão de fundamental importância para o Brasil. Seu trabalho, realizado com muito empenho, habilidade política e qualidade técnica não deve ser eclipsado por lamentáveis episódios como esse. Avante, Ministra!”, declarou o movimento em apoio à Anielle.
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A campanha #AnielleNãoEstáSó, lançada pelo movimento, sublinha o respaldo à ministra em meio às recentes controvérsias políticas e reforça a necessidade de fortalecer mulheres negras em cargos de poder e decisão, buscando garantir a continuidade de suas lutas e conquistas.
Histórico de violência contra mulheres negras no poder
Além de expressar apoio à Anielle Franco, o Mulheres Negras Decidem relembrou a longa trajetória de resistência de mulheres negras na política, mencionando figuras históricas como Marielle Franco e Marina Silva. A nota critica a recorrência de ataques e desrespeito enfrentados por essas mulheres, destacando a perpetuação de uma masculinidade agressiva que as tenta silenciar.
“O que nos embrulha o estômago é que, ainda assim, esses homens são ovacionados por grupos permissivos à violência política de gênero e raça”, ressaltou a nota, mencionando que essas práticas violentas persistem, mesmo quando mulheres negras ocupam cargos de poder.
O movimento reforçou seu compromisso com a luta por justiça e pela ocupação de espaços de decisão pelas mulheres negras, reiterando que esses episódios de violência não impedem a continuidade da busca pelo avanço social. “Por essas mulheres, e por todas as outras que não estão estampadas nas capas da imprensa, seguimos incidindo e trabalhando para que mulheres negras ocupem com segurança os espaços necessários para o avanço social.”
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